Filho, de quem você mais gosta?

Ao ver o que está acontecendo com as nossas crianças, lembro-me de uma história, que tomo a liberdade de repassar para você. História que, por opção da maioria dos pais, se repete diariamente.

Pai e mãe, que ganhavam um ótimo salário, saíam todos os dias para trabalhar e o único filho descia para brincar no jardim do condomínio. O pai, numa ocasião, voltou antes da hora costumeira e encontrou o seu filho sozinho. Sentiu como que a necessidade de ter uma conversa franca com ele. Entre outras coisas, perguntou-lhe: “de quem você gosta mais, meu filho, do papai ou da mamãe?” O senhor quer que eu seja sincero, papai? De quem gosto mais, papai, sinceramente, é do Jorge. Mas quem é esse Jorge, disse o pai surpreendido. Jorge, pai, é o jardineiro do condomínio. Ele é o único que tem tempo para falar comigo todos os dias. O pai ficou arrasado.

Essa lição arrepiante nos ensina que a felicidade dos filhos só se consegue com a sacrificada fidelidade dos pais a essa tarefa educativa, indispensável e insubstituível.

Até onde iremos com essa história? A família é a fonte principal das primeiras mensagens que gravamos dentro de nós. Pais que reservam um tempo para ouvir ou admirar seu filho não estão apenas lhe oferecendo uma experiência positiva; estão criando uma memória positiva e vitalícia. Nossos pais são nosso primeiro modelo de vida. Uma criança pode perceber amor, quando os pais a fazem ir para a cama, outra pode achar que os pais não a querem por perto.

Santo Agostinho escreveu que “o homem é o lado humano de Deus”. E nós podemos ajudar nossas crianças a se tornarem pessoas de uma fé sólida. Precisamos ouvi-las e ser modelo para elas. Precisamos fazer nossa parte, e, com confiança, colocar nossos filhos nas mãos de Deus, ensinando-os a ter fé.


Padre Luiz Augusto, Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus em Aparecida de Goiânia. Artigo extraído do jornal Diário da Manhã, de 11.6.2013.

Comentários