O tempo muda e a gente percebe algumas mudanças no trânsito também.

O tempo ficou feio toda vida no final da tarde de hoje em Goiânia e Trindade também. Nada assim tão assustador, muito menos, inédito, nesta época do ano. O calorão parece ter chegado de vez aqui na região e daqui a pouco vai pintar o período de chuvas. E a gente sabe que as primeiras chuvas a coisa geralmente é de dar medo. Ventania forte, nuvem de poeira, um barulhão daqueles, sob raios e uma sinfonia de trovões, costumam compor, digamos assim, a moldura do quadro climático nesta época do ano.

E o trânsito, hein? Ah, o trânsito! Final do dia, todo mundo querendo chegar mais cedo em casa, enquanto uma multidão de pessoas segue para os colégios e faculdades nos cursos noturnos, além de milhares de trabalhadores tomando o rumo dos respetivos locais de trabalho, ou seja, eis a conhecida descrição do movimento intenso e enlouquecedor das ruas e avenidas da capital goiana. Agora, quando ameaça chover e pinta aquela ventania doida, vários semáforos começam a apagar e aí, pronto. O negócio fica ruim demais da conta.

Por volta da 17h30 desta terça-feira (17) foi justamente por isso que eu passei ao transitar pela Avenida Goiás, no centro de Goiânia, sentido Praça Cívica-Praça do Trabalhador. Alguns semáforos, dentre eles o do cruzamento das Avenidas Paranaíba com a Goiás, deram de apagar. Quando isso acontece, em segundos, o caos se instala, todo mundo sabe disso. Pelo que a gente vê no noticiário esse é um traço característico do bicho homem ao volante de suas “máquinas maravilhosas”. Se um pouco de bom senso e paciência resolvem o problema em qualquer situação, no trânsito a gente só dá de cara com gente insensata e desesperada para chegar rápido a lugar algum. Que trem doido.

Mas felizmente hoje os apagões nos semáforos do centro até que foram por breves instantes, pelo menos consegui passar pelos locais sem maiores perrengues, fora um e outro ponto de fluxo mais travado mesmo. É incrível, mas continuo pensando que se os próprios motoristas têm condições de tornar o trânsito melhor para todos, sem a menor necessidade de se criar mais leis com penalidades rigorosas para os infratores. De novo, bom senso, paciência e “dar passagem” certamente podem fazer a diferença entre o pleno exercício do direito de ir e vir, de que nos fala a Constituição Federal de 5 de outubro de 1988, nas rodovias, ruas e avenidas, e a confusão no trânsito daqui e alhures.


Resumindo o palavrório, hoje foi só um aperitivo, pois quando começar a chover amiúde (bela palavra essa) é certo que haverá confusão no trânsito, não há como duvidar. Também enxurradas, alagamentos... Ah, melhor pensar nisso agora não. Contudo, é a vida que achamos moderna e suas delícias e seus dissabores. E tenho dito.

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