Ocupação privada de espaços públicos se torna comum a cada dia não apenas em Trindade.

Ruas de Trindade: Destaque para o cone reservando
vaga na rua, onde alguém pode querer estacionar
seu carro a qualquer momento.
Quem transita pelas ruas e avenidas de Campinas, em Goiânia, já se acostumou a ver cadeiras, cones, caixas, marcando vagas de estacionamento diante de estabelecimentos comerciais. Os donos do negócio, agindo assim, mostram que se consideram no direito de usar o espaço público, a rua, da forma como bem desejam. Na prática fazem uma extensão de seus domínios para, além das calçadas, avançando sobre os espaços destinados ao acostamento nas vias públicas.

Claro que mencionei aqui o bairro de Campinas por se tratar da Capital de Goiás. Daí, é possível ver que, se acontece por lá, o que não poderá ocorrer nas cidades do interior. Até porque, em Trindade o comércio usar a calçada como extensão da loja faz tempo que isso não é mais novidade. Bares espalham mesas pelas calçadas e tem loja que até bota corrente e dormentes limitando o espaço para o pedestre transitar. Vez por outra alguém reclama, a imprensa mostra o absurdo, mas a prática permanece firme e forte.

Ocupar as calçadas de qualquer cidade atrapalha a tal da mobilidade urbana e, não raras vezes, expõe pessoas ao perigo enquanto caminham disputando nesgas de pistas com veículos de todos os tipos e tamanhos. Alem disso, vale lembrar também que muitos pedestres têm deficiência visual ou física e qualquer obstáculo ou buraco representa um perigo real. Seria interessante que o poder público, no caso as prefeituras, trabalhassem para solucionar ou impedir esse tipo de problema.

A questão da reserva de vaga de estacionamento pelos comerciantes é algo a ser repudiado mesmo. Afinal de contas, a frota de veículos em Trindade não para de aumentar enquanto que tem se tornado difícil encontrar lugar para estacionar na região central da cidade no horário comercial. Dê uma olhada na situação de Avenidas como a Dr. Irany Ferreira, Boa Vista, Coronel Anacleto e Manoel Monteiro, digamos, num quadrado entre a Avenida Raimundo de Aquino e a Rua Professor Nelson Cândido. Dependendo da hora que o sujeito precisa parar, por exemplo, na Agência do Banco do Brasil ou Bradesco, dá uma canseira encontrar vaga para estacionar.

É por isso que os proprietários de estabelecimentos comerciais precisam ter o bom senso de evitar este tipo de prática de tentar tomar para si um espaço de uso comum, de todos. Afinal, é bem possível que reservar a vaga no estacionamento na rua pode afetar inclusive o próprio cliente. E aí a vaca pode acabar indo pro brejo. E importante dizer que a foto acima mostra apenas um caso entre tantos outros que a gente enxerga na “Terra Santa”.


Penso que vale mais apelar para o bom senso dos comerciantes de um modo geral, pois órgãos ligados às prefeituras desse Brasil de meu Deus parece não se importar muito com esse tipo de, como direi, abuso praticado por particulares em prejuízo da coletividade. Pelo menos, torço para que isso não se torne um costume na “Capital da fé” dos goianos.

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