Sobre a ocupação de via pública pelo comércio informal em Trindade.


Vista das barracas na Avenida Dr. Irany Ferreira,
em frente ao Santuário Basílica do Divino Pai Eterno.
Surfando na onda do fortalecimento do turismo religioso em Trindade, principalmente nestes últimos anos em que o reitor do Santuário Basílica, Padre Robson de Oliveira Pereira, conquistou mais espaço na televisão (TV Anhanguera, TBC Cultura, PUC TV e Rede Vida de Televisão), consolidando mesmo como um dos maiores nomes entre os líderes católicos do Brasil, os comerciantes informais têm colhido bons frutos pela intensa movimentação de turistas no local toda semana.
 
As celebrações presididas pelo Padre Robson atraem milhares de fieis sobretudo nos finais de semana. Ate pouco tempo atrás, o fluxo de turistas em Trindade era percebido mesmo no período da Romaria do Divino Pai Eterno, que acontece no final de junho até o primeiro domingo de julho de todos anos, numa tradição de mais de dois séculos, vale dizer. No entanto, principalmente nos últimos 5 anos a intensidade do turismo religioso aumentou bastante, refletindo-se na atividade comercial da cidade. Sem dúvida, prestar serviços aos turistas ganhou enorme importância na economia local.
 
Tanto é assim que ao redor da Basílica do Divino Pai Eterno, ultimamente, tem surgido empreendimentos comerciais, como pousadas, bares, restaurantes e até aqueles centros de comércio popular, com várias pequenas lojas. Logíco, no caso de bares e restaurantes a cidade ainda carece bons estabelecimentos. Mas o que vemos até agora é importante? Ora, claro que sim. Quanto mais empreendimentos surgirem, melhor para a população que precisa trabalhar e, também, é bom para os turistas que passam a ter outras opções de atividades para se dedicar enquanto permanecem na cidade.
 
Todavia, há a questão das barracas do comércio informal. Particularmente, não concordo com a ocupação de via pública por quem quer que seja e mesmo com o argumento de que as pessoas precisam de trabalhar. Todo mundo precisa disso, ora pois. No entanto, ruas e avenidas não são feitas para que se faça delas mercado a céu aberto não. E essa prática acaba sendo nociva, uma sacanagem (perdão pela má palavra), com as pessoas que resolvem constituir empresas formalmente, convém lembrar.
 
Ah, o internauta acha exagerei no parágrafo acima? Então é bom lembrar que para se constituir uma empresa, de cara as instalações físicas precisam ter alvará da prefeitura. O Corpo de Bombeiros realiza vistoria no local previamente. Em se tratando de comércio de bebidas e comidas, a Vigilância Sanitária também dá o ar da graça. O empreendedor só consegue abrir as portas depois de obter uma série de permissões, entendeu? E isso requer investimento. Custa dinheiro, evidentemente.
 
Pois então, mas naquele terreno onde funcionava o Colégio Menino Jesus, ao lado da Basílica do Divino Pai Eterno, dizem, deverá ser construído prédio capaz de abrigar os comerciantes que têm barracas de lona diante da Basílica. Confirmando-se essa informação, tanto melhor para a cidade. O principal ponto de visitação da cidade precisa sim proporcionar tranquilidade, conforto e segurança para todos que pretendem transitar pelo local. O que hoje em dia não acontece com aquela quantidade de barracas no meio da via pública.
 

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