Cena urbana: Rapaz algemado sai correndo tentando escapar da polícia no centro de Trindade.


Essa eu tenho que contar aqui, gente. Algo inusitado para mim, é claro. Mas já vimos muito disso que vou narrar a seguir, principalmente pela televisão e em vídeos engraçados na internet. É coisa curta, que se conta rapidamente. Vamos lá então.

Ontem, domingo (15), no finalzinho da tarde, ali pelas 18h30, acho eu. Não sei precisar bem o horário porque estava sem relógio naquele instante que foi rápido demais da conta, vale salientar. Bem, fazia uma caminhada pelas ruas centrais de Trindade, subindo a Avenida Manoel Monteiro. Antes de chegar ali na Av. Raimundo de Aquino, na verdade, antes também da esquina com a Rua dos Araújos, eis que vejo uma cena estranha. Vamos a ela.

Um rapaz magro, vasta cabeleireira, surge assim do nada pela Rua dos Araújos. Quando dei fé (minha avó paterna usava muito essa expressão), o cara olhava para trás, assustando e, de imediato, entrou numa desabalada correria iniciando a travessia da Av. Manoel Monteiro, no sentido da Rua Moisés Batista, continuação da Av. Raimundo de Aquino. Foi tudo tipo assim vapt-vupt e enquanto eu tentava entender aquele acontecimento reparei num detalhe: O cara estava algemado. Lamentei na hora, cadê meu celular aqui comigo para registrar esse negócio doido demais, na “Capital da fé?”

O sujeito olhava para trás e corria e no seu encalço, se é que posso falar assim, um policial militar sem muita condição de alcançar o elemento, quase um atleta. Só para você que conhece o lugar onde estou falando ter uma ideia, enquanto o fujão chegava no começo da Rua Moisés Batista, o policial ainda estava no meio da pista da Av. Manoel Monteiro, sentido Vila São Cottolengo-Saída para Santa Bárbara de Goiás. Viu bem a distância que separava o algemado do policial? Na minha opinião, o policial me pareceu estar um tantinho acima do peso, o que não deve ajudar muito numa perseguição desse tipo, ouso acreditar.

Enxerguei uma viatura da Polícia Militar que estava estacionada numa calçada da Rua dos Araújos e logo ouvi barulho de movimentação do veículo que certamente era utilizada na operação. Fiquei na verdade foi pensando no que o rapaz algemado imaginou fazer para conseguir a liberdade. Algemado com as mãos para trás, e correr da forma como eu vi o cara fazer, não é para qualquer um, mas é claro que o sujeito não vai conseguir chegar muito longe não. Situação complicada para o camarada, não dá para negar.

Como não sou pago para fazer cobertura de operações policiais e me falta coragem para ficar acompanhando esse tipo de atividade, pois, afinal, vai que alguém saque um revólver e decida dar uns tiros. Melhor não arriscar, pensei, decidi e continuei minha caminhada de volta para casa. Cheguei em segurança, graças ao Divino Pai Eterno. Agora, fiquei, no entanto, sem saber o desfecho da operação policial. Mas estou pensando cá com meus botões que o rapaz algemado foi recapturado.

Quer dizer, até mesmo numa cidade pacata feito Trindade a gente tem lá surpresas no dia a dia neste aspecto da segurança pública. Hoje em dia, como se diz por aí, o bicho está pegando geral. Não tem mais isso de lugar e hora não. E ainda tem gente afirmando que as coisas estão sob controle. Questão de ponto de vista talvez, né? Mas era isso o que eu queria lhes contar. Até mais!

Comentários