Falando um pouquinho sobre a liderança política em Trindade.


Em 16 dias estaremos no Natal. Neste período todos de uma forma ou de outra estão à espera da visita do bom velhinho. É que ainda tem muita gente que acredita em Papai Noel, não somente crianças, mas muito marmanjo, dentre eles, vários políticos se roendo de vontade de se candidatar a deputado nas eleições do próximo ano. É compreensível, pois os caras querem ganhar de presente uma campanha todinha sua e, assim, conquistar uma vaguinha na Assembleia Legislativa de Goiás ou na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Cada um é livre para acreditar no que bem entender, não se discute. Mas os atos praticados com base nessa crença tem lá suas consequências. De acordo? Veja o caso dos políticos, já experientes no assunto e também os novatos nesta atividade, que manifestam disposição de se candidatar a deputado estadual, tendo como principal base política a “velha Trindade da fé e do amor”. É incrível mas a gente ouve coisas do arco-da-velha sobre formas de se custear uma campanha eleitoral.

Tem pretenso candidato dando a entender que alguém, um político importante, digamos, vai bancar política e até financeiramente sua campanha eleitoral de candidato a deputado estadual. Sinceramente, fico chateado quando ouço esse tipo de coisa da parte de qualquer político. Quem diz semelhante coisa menospreza a inteligência alheia. No meu modesto entendimento, isso também traduz um despreparo terrível do sujeito que deseja entrar para a vida pública ou nela permanecer.

Na verdade, esperar sobretudo recursos financeiros de cúpula partidária como principal e talvez a única fonte para se colocar em pé uma campanha eleitoral é de um amadorismo perigoso. Sempre às vésperas de eleições aparece algum “iluminado” se comportando dentro desse figurino, o de alguém que os dirigentes do partido ficaram “loucos” para eleger deputado. Bobagem pura. Na política, como na vida em geral, o “sistema é bruto”, se é que me entendem.

No próximo ano teremos 41 vagas de deputado estadual em Goiás e 17 cadeiras de deputado federal em disputa. E pedir voto aos mais de 6 milhões de goianos custa dinheiro e não é pouca coisa não. Quem deseja se aventurar ou arriscar ou participar que o faça mas, desde já, respeitando o distinto público falando claramente sobre isso. Começa mal, para mim, o sujeito anunciar a pretensão de se candidatar estribado em apoios de quem inclusive terá sua própria campanha para cuidar. É isso mesmo.

O que não falta por aí é gente falando que será candidato e terá o apoio do governador Marconi Perillo (PSDB), por exemplo. Perillo, se realmente disputar a reeleição terá um sério desafio pela frente e não poderá se preocupar com campanhas alheias. Concorda? De outro lado, há também número significativo de políticos meio que esperançosos de obter apoio irrestrito (leia-se, dinheiro) do empresário Júnior Friboi (PMDB), cuja pré-candidatura a governador foi lançada recentemente. A mesma coisa se pode dizer em relação às expectativas de possíveis candidatos no caso do também empresário Vanderlan Cardoso (PSB), que tem trabalhado para viabilizar sua candidatura ao comando do Governo de Goiás.

Por essas e outras é que a gente fica muito descrente em relação à qualidade da liderança política em Trindade nos dias de hoje. Com esse tipo de discurso-justificativa para alguém se candidatar a deputado o eleitor que busca encontrar alguém realmente com capacidade entre tantos políticos que têm anunciado, por conta própria, disposição de se candidatar, acaba frustrado antes do jogo eleitoral ter início efetivamente. Tomara que esta seja apenas uma impressão passageira.

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