Uma aflição para quem vive e trabalha no Beco dos Aflitos: Falta galeria de águas pluviais.

Beco alagado: falta boca de lobo.
Sexta-feira (13), por volta das 16h, caiu uma forte chuva sobre Trindade. Ruas e avenidas ficaram, é lógico, alagadas, enxurradas poderosas foram vistas por todo lugar, especialmente no centro da cidade. Se já basta uma chuvinha de nada para alagar o cruzamento das Avenidas Manoel Monteiro com a Raimundo de Aquino, pense como é que fica a situação quando do céu desaba um aguaceiro daqueles.

Enquanto chovia que era uma beleza, fui à Alfaiataria do Beco buscar umas roupas que deixei para receber os cuidados profissionais do Sinval Barbosa da Silva e do Divino Dantas Pereiras. Os caras são verdadeiros craques da tesoura, linhas e agulhas. Só para se ter uma ideia, a Alfaiataria do Beco funciona há mais de 31 anos, no mesmo local. É muito tempo de bons serviços prestados aos trindadenses, não há como duvidar.

Para atravessar o Beco do Aflitos, como é chamada a Rua Coronel João Pereira da Silva (João Braz), quando está chovendo forte não tem jeito, o camarada vai ensopar os pés sem choro nem vela. É que o local recebe a água da chuva que vem da Praça Constantino Xavier e adjacências, e como não ali não existe galeria de águas pluviais, a pista vira uma espécie de córrego asfaltado cujo destino é o Córrego Barro Preto, lá na Alameda Wilson Torrano. E pelo caminho das águas inundações em diversos pontos da região próxima à Igreja Matriz, o Santuário Velho.

Sempre que a gente critica a falta de estrutura de Trindade é no intuito de chamar a atenção dos gestores municipais para a necessidade premente de se investir na melhoria da cidade. Mas sabemos que isso não raras vezes é ignorado pelas autoridades municipais ou até visto como uma mera manifestação isolada e contrária aos rumos da administração da ocasião. De toda forma, é lamentável, pois seria uma oportunidade daqueles que detêm o poder ouvir mais os anseios da população.

Por exemplo, os alfaiates Sinval e Divino reclamam que a falta de galeria de águas pluviais no Beco do Aflitos atrapalha muito a vida de todos ali. E pude constatar isso. Sob a aquele aguaceiro da sexta-feira, a pista se transforma num córrego e os carros sobem, alguns em velocidade considerável, espalhando água para tudo quanto é lado. Com isso, haja dinheiro para manter o reboco e a pintura dos prédios em boa conservação.

Tem sempre motorista que se deixa levar por um espírito de porco qualquer, pisa fundo no acelerador do seu possante e joga água dentro das casas e lojas daquele local. Quando eu estava na Alfaiataria do Beco vi isso acontecer várias vezes. Os carros passavam rápidos demais e a água da enxurrada molhava o lugar de trabalho do Sinval e do Divino. “A gente sofre com isso aqui a vida inteira, pois o Prefeitura não faz galeria de água pluvial. Se fizesse isso, umas duas bocas de lobo resolveriam nosso problema”, lamenta Sinval Barbosa.

Depois disso tudo, confesso que fico tentado a terminar assim: Com a palavra, a Prefeitura Municipal de Trindade. No entanto, vivemos o primeiro ano da administração do prefeito Jânio Darrot (PSDB) que recebeu a Prefeitura com uma série de problemas a serem enfrentados e resolvidos, todos sabem. Há que se ter paciência, evidentemente. Mas também é chegado o momento de se perceber, no mínimo, uma certa disposição para se consertar algumas coisas que estão aí aguardando ação do poder público municipal e faz tempo.

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