Variação sobre o mesmo tema: Candidatos de Trindade a deputado estadual.


Outro aspecto relacionado à disposição que alguns políticos têm demonstrado ao se declarar candidato a deputado estadual tem a ver, na realidade, com as eleições municipais 2016. É aquela prática de disputar eleições mesmo não tendo lá chances de se eleger, mas já deixando o nome no imaginário coletivo do eleitorado. O sujeito coloca o nome na disputa, torna-se conhecido de “sua excelência, o eleitor” e pensa que na próxima peleja eleitoral tudo vai dar certo.

Arrisco um palpite de que tem nome circulando que, na verdade, está de olho mesmo é numa possível candidatura a prefeito de Trindade ou a vereador mesmo. Penso que é por aí que a gente deve observar a quantidade de gente se declarando candidato a deputado estadual ou até a federal. Porque se existe uma atividade onde é perda de tempo procurar gente boba é na política. O cara pode até ser tido por muitos como pouco dotado de inteligência, mas bobo é quem fica pensando assim a respeito dos outros.

Qualquer um sabe muito bem que eleições é um negócio que custa caro demais da conta. Não se conquista o voto do eleitor apenas tendo um bom nome na praça não. Isso pode até ter acontecido em outras épocas. Hoje em dia a coisa se complicou. É preciso ter dinheiro para montar a tal da estrutura de campanha, contratando cabos eleitorais, fazendo impressos, gravando aquelas musiquinhas chatas, plagiando hits do momento (pensa quantas paródias do “Lepo, lepo” a gente vai ouvir na campanha eleitoral deste ano, internauta!) e por aí vai a indo a vida.

Ou seja, para se fazer essas coisas, levar o nome ao distinto público votante, massificar sua mensagem, fazer o pedido do voto, o candidato tem que gastar grana mesmo, não há outra forma. Contar com o voluntariado para este trabalho é absolutamente improdutivo. E é aí que a porca torce o rabo, gente. E que ninguém venha afirmar desconhecer este singelo detalhe, diga-se. Vale lembrar que gente que entende muito bem de campanha eleitoral, garante: candidatura viável a deputado estadual deve torrar, no mínimo, uns 5 milhões de reais (É dinheiro ou não é, Lombardi?). Logo, isso não é para muitos não.

Evidentemente que existem as exceções de praxe nestas disputas. Há a possibilidade do sujeito conquistar o que os caras do marketing eleitoral chamam de voto de opinião. Todavia, isso é para poucos, pouquíssimos candidatos. No geral mesmo a disputa se dá é lá no povão e ser sufragado por esse pessoal não é brincadeira. É muito difícil convencer o cabra a votar neste ou naquele candidato apenas com palavras, discursos. Então, vale a pena ter isso claro na mente até para evitar frustrações por parte do candidato, principalmente aqueles que se lançam na vida pública muito cheios de si.

No mais, política é uma atividade que na maioria das vezes é feita individualmente mesmo. Explico. Os partidos estão ficando cada vez mais fracos. Dia desses vi uma declaração do prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), afirmando algo assim: “É o candidato que ganha a eleição e não o partido”. Acho que essa frase ilustra bem o que estou dizendo. Por isso, os caras pouco pensam na agremiação a qual estão filiados. Na hora de disputar o voto é cada um para si e todos contra todos. Uma espécie de lei da selva. Claro que estou exagerando um pouquinho, mas a regra geral é bem por aí mesmo.

De toda forma, é esperar para ver no que vai dar essa conversa toda. Concordo plenamente com algumas pessoas que me disseram que agora há muita gente falando em candidatura apenas para aparecer. Mas como o tempo está passando rápido demais da conta, daqui a pouco vereamos quem é que estava dizendo a verdade e quem estava blefando. Aguardemos.


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