Quinta-feira de manifestações no centro da capital

Goiânia - A quinta-feira (29) foi um dia movimentado e barulhento no centro da capital goiana. Logo pela manhã o pessoal da Agência Municipal de Trânsito (AMT), os amarelinhos, fizeram caminhada pela região central. Daí a pouco foi a vez de professores da rede municipal, dentre outras categorias fazerem barulho contra a gestão do prefeito Paulo Garcia (PT). Até aqui havia também a questão salarial de servidores públicos lutando por reajuste em seus contracheques. Porém à tarde grupo de católicos botaram o bloco na rua e a boca no trombone, no caso, no microfone mesmo, contra o aborto, pela vida.

Sempre nessas manifestações o trânsito, não tem outra forma mesmo, vira um caos total. E engarrafamentos se formam em pontos distantes do local onde está ocorrendo a manifestação. Situação complicada porque é livre, e deve ser assim mesmo, o direito do cidadão protestar, mas em decorrência disso surgem transtornos nas vidas de inúmeras outras pessoas que igualmente têm o direito de ir e vir obstruído na prática. Eita, equação difícil de ser montada sem prejudicar demais nem este nem aquele.

Mas estou muito impressionado é com a dinâmica das coisas da política de Goiás e Goiânia, em especial. O prefeito Paulo Garcia foi reeleito em primeiro turno, com 349.335 votos, o que representou 57,68% dos votos válidos nas eleições municipais de 2012. Prefeito reeleito, Paulo Garcia, tinha aparentemente todas as condições de estar vivendo um bom momento no exercício de seu segundo mandato. No entanto, de repente ficamos sabendo da séria crise financeira da Prefeitura de Goiânia, que provocou paralisação de serviços essenciais como a coleta de lixo por vários dias. Agora mais recentemente até a frota de carros alugados pela Prefeitura foi recolhida pelos locadores que têm uma dívida de 40 milhões de reais para receber.

Por hora a gestão de Paulo Garcia passa por complicações, feito um barco navegando em águas violentas, com ondas fortes fazendo a embarcação chacoalhar forte durante a travessia de uma turbulência, mas a expectativa é a de que a viagem continuará por mares calmos. O interessante é que em política meio que de repente o panorama muda totalmente e a situação pode ser revertida. Como isso se dará e terá o comandante condições de promover os ajustes para deixar a crise para trás? Perguntas que somente com o tempo iremos saber as respostas.


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