Projeto de aumento no IPTU em Goiânia provoca estragos no PT da capital.

Ex-aliados petistas: Ver. Tayrone e pref. Paulo (Diário da Manhã).
Que confusão é essa na Prefeitura de Goiânia, sob a gestão petista do prefeito Paulo Garcia? A definição de novas e mais altas, alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a ser cobrado aos proprietários de edificações e lotes na capital goiana, virou imbróglio político. Como protagonistas, petistas versus petistas. Claro, há também políticos de outros partidos, mas o que interessa mesmo é a briga intestina de gente que até poucos dias jogava no mesmo time.

Se o projeto do prefeito Paulo Garcia realmente vingar, o contribuinte goianiense terá um conta salgada em relação ao pagamento do IPTU que deverá ser pago a partir de janeiro de próximo ano. Quanto a isso não há nenhuma dúvida, evidentemente. Agora a confirmação, caríssimos. Em pleno domingo (28), após às 18 h, os vereadores de Goiânia se reuniram, debateram quase nada. Melhor dizendo, em sua maioria, os vereadores oposicionistas discursaram. Resultado prático da coisa toda? Por 18 a 14 o projeto de elevação das alíquotas do IPTU para 2015 foi aprovado.

Nesse quiproquó todo os vereadores petistas Felisberto Tavares e Tayrone di Martino foram suspensos pelo diretório municipal de Goiânia por terem votado contra o projeto de elevação do IPTU na capital goiana, de iniciativa do prefeito Paulo Garcia (PT). Ocorre que a briga aí tem mais importância porque Tayrone foi assessor de imprensa do prefeito, além de aliado muito próximo. Ah, sim! Tayrone é candidato a vice-governador na chapa puro sangue encabeçada por Antônio Gomide, ex-prefeito de Anápolis.

Quem acompanha a política goiana já percebeu que os grupos de Paulo Garcia e Antônio Gomide não têm se entendido muito bem desde a definição da candidatura a governador pela legenda. A proximidade de Paulo a Iris Rezende (PMDB), de quem foi vice-prefeito, confere à relação deles um signado de aliados ainda. Logo, não falta quem enxergue na quizila petista, tendo como pivô o projeto de elevação das alíquotas do IPTU em Goiânia para 2015, mais um round de uma contenda que vai render mais panos para a manga.

E pior momento para ocorrer semelhante fato não podia haver como este. Na reta final da campanha em que a candidatura de Gomide não consegue decolar, este problema certamente terá reflexo na formação de opinião e cristalização ou não do voto na chapa petista. Afinal, se os caras não se entendem na campanha, pensa como deve ser uma gestão deles à frente do Governo de Goiás. É o que pode muito bem estar pensando agora “sua excelência, o eleitor”.

Dado interessante disso tudo, a meu ver, foi a disposição inaudita dos bravos e determinados vereadores goianienses ao realizarem sessões em fim de semana e em alta temporada de caça ao voto. Quando os caras querem a coisa funciona, não é verdade? E finalizando, onde será mesmo que ocorreu o “bug” na gestão de Paulo Garcia que estava indo muito bem, obrigado. De repente, a coisa desandou. Que coisa!


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