Hora de despertar para a mobilidade urbana em Trindade.


Se os gestores de Trindade continuarem meio que deitados "em berço esplêndido" como têm estado em relação à mobilidade no município estamos bem arranjados para um futuro não muito distante. Você transita pela região central da cidade, principalmente na Avenida Manoel Monteiro, entre a Avenida Raimundo de Aquino e a Rua 13, e dá trabalho para o motorista encontrar vaga para estacionar. Nem sempre os condutores de suas máquinas maravilhosas obedecem regras básicas de trânsito por aqui.

Os comerciantes rebaixam os meio-fios em frente aos seus estabelecimentos reduzindo ainda mais as vagas para se estacionar. A dúvida é saber se essa iniciativa tem alguma autorização oficial da Prefeitura da "Capital da fé". Na minha opinião, que vale pouquíssima coisa: Se sim, não devia. Se não, seria o caso do poder público municipal reverter essa situação, ouso acreditar. A ocupação e uso de calçadas pelos donos de bares e restaurantes e lojas em geral em Trindade é outro ponto que está a merecer uma especial atenção dos gestores municipais e não é de agora não.

A pessoa portadora de necessidades especiais enfrenta dificuldades grandes para se movimentar pelas ruas e avenidas de Trindade. Calçadas são tomadas por comerciantes e donos dos imóveis como extensão de seus domínios. Há gente que até faz rampa do lado externo da calçada, erguem-se muretas, postes, enfim criam-se inúmeros obstáculos que tornam uma simples caminhada em verdadeira aventura para quem enxerga e não usa muletas ou cadeira de rodas. Imagine para quem precisa destes equipamentos para se locomover?

Mobilidade é algo sério, que merece a maior atenção das autoridades e dos gestores públicos, evidentemente. No entanto, isso precisa ser também uma preocupação de todos, pois é nas famílias que estão as pessoas mais fragilizadas que precisam do apoio e respeito dos demais. É complicado resolver uma situação já existente, sabemos todos. Mas se não se começar logo a ser mais rigoroso na ocupação e uso de espaços públicos de uso comum dificilmente a consciência das pessoas irá despertar e vir a tornar-se um tantinho menos individualista.


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