Carestia do material escolar

Variação de preços dos itens das listas de material escolar é um exagero.


O sujeito que tem filho na escola já sabe que antes de sair comprando aquela infinidade de itens das exageradas listas de material escolar é preciso bater pernas pelas livrarias e papelarias da cidade. Lápis e papel nas mãos, calculadora também ajuda, e vamos que vamos pesquisar preços, minha gente. Se não fizer desse jeito, a sangria no orçamento doméstico acaba sendo inevitável.

A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon) em Goiás divulgou, nessa terça-feira (6), resultado de pesquisa realizada sobre o comportamento dos preços do material escolar em Goiânia. De cara, foi possível notar pelo trabalho dos técnicos do Procon que os preços encareceram em 5,77%, no geral. Pior de tudo é que, observando a oscilação dos preços de um estabelecimento comercial para outro, foi encontrado um mesmo produto com até 384% de variação. Eis um espanto.

A informação acima é um reforço à orientação para que o consumidor não saia por aí comprando material escolar logo de cara, na primeira papelaria que encontra pela frente. Nem pensar, amigo. É extremamente salutar para a saúde financeira da família que o camarada encontre tempo e paciência para pesquisar preços, qualidade do produto e condições de pagamento. Não se pode negligenciar com os estudos dos filhos, muito menos brincar com o próprio dinheiro que, ensina a sabedoria popular, “não tolera desaforo”.

Além do mais, sempre é bom estar atento às despesas normais que ocorrem no início do ano. É matrícula de filho na escola, compra de material escolar, vencimento de impostos sobre a propriedade de carros (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA) e imóveis (Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU), além de uma infinidade de gastos típicos do começo de todos os anos. Vale a pena ser cuidadoso com as finanças pessoais sobretudo neste período, recomenda especialistas ou apenas as pessoas mais sensatas e, vá lá, mãos de vaca mesmo.

Este blogueiro perambulou por algumas papelarias no centro de Goiânia recentemente, com uma lista de material escolar para um aluno do Jardim 1 em mãos. Havia ali 31 itens listados e deu para perceber mesmo que a variação de preços de um estabelecimento para outro é motivo mais do que justo para a gente ficar esperto, pesquisar direitinho antes de comprar qualquer coisa. E mais, qualidade não pode ser justificativa para um lápis custar X e outro similar, três vezes mais, por exemplo. Convém olhar o produto, ao modo goiano, ou seja, pegando mesmo, para decidir o que vai ou não ser adquirido.

No mais, juízo e boas compras, senhoras e senhores!


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