Prefeitura de Trindade mobiliza servidores no combate à dengue

Meritória ação da gestão Jânio Darrot contra o mosquito Aedes Aegypti complica vida das pessoas


Que é preciso fazer algo efetivo para combater até à erradicação, se isso for possível, do mosquito Aedes Aegypti do nosso meio, não se discute. Esse danado transmite vírus da Dengue, da Chikungunya e o tal do Zica Vírus que para as gestantes é horrível, uma vez que pode causar Microcefalia nos bebês. Ou seja, o poder público nas três esferas faz tempo que está comendo moscas e assistindo à proliferação do mosquito, responsável por espalhar doenças que matam seres humanos sem dó nem piedade, por esse Brasil, Goiás no meio e Trindade inclusive.

Mas espera aí, é preciso fechar unidades de atendimento da Saúde Pública para que todos os servidores públicos municipais saiam por aí ajudando a limpar a cidade? Hoje é dia da Campanha "Trindade sem Dengue". Nesta manhã acompanhei uma mãe até o Posto de Saúde da Família (PSF), ali na Avenida Manoel Monteiro, Centrão de Trindade, para vacinar sua bebezinha, a Anna Laura, com 6 dias de vida, para tomar as primeiras vacinas, diga-se, que são disponibilizadas justamente às quartas-feiras e naquela unidade, e demos com a cara no portão fechado. Muito esquisita essa forma de gerir a tal da coisa pública.

É o seguinte, há serviços públicos que precisam estar de portas abertas o maior tempo possível, preferencialmente, ao longo dos 7 dias da semana. E os pontos de atendimento na área de Saúde, no sentir deste blogueiro, é um destes serviços. Mesmo que o objetivo seja mobilizar os servidores para atuar numa ação piloto que pretende combater o Aedes Aegypti, ouso acreditar, o correto é manter os postos de Saúde abertos, funcionando plenamente. É chavão, mas vá lá, com Saúde não se deve brincar de maneira alguma. Afinal, "Saúde é o que interessa", lembrando o bordão do Paulinho Cintura em programas humorísticos da televisão de um mil novecentos e antigamente. 

Enquanto estive hoje cedo na unidade de Saúde acima referida, lá estava também, dentre outras pessoas, uma outra mãe com sua filhinha nascida há 26 dias, para quem ainda não conseguiu a vacina BCG, primeira dose. E, segundo a mulher e mãe que mora no Setor Garavelo, "agora é pegar o Buzu e voltar para casa". E o pior, sem obter o serviço que veio buscar por várias vezes e até o momento não teve como conseguir. Isso não podia acontecer da forma como a gente vê por aí.

Com relação ao fechamento do posto de Saúde é isso aí... Mas e essa prática de convocar servidores públicos municipais para deixar os afazeres para os quais foram contratados e são pagos com o dinheiro do contribuinte, a fim de participar de uma campanha feito essa "Trindade sem Dengue"? Uái, e o pessoal da área da Vigilância Epidemiológica, em particular, e da Secretaria Municipal da Saúde como um todo? Mão-de-obra aí está escassa? Então convém contratar mais gente para trabalhar e fazer do combate ao mosquito da dengue uma tarefa permanente e assim alcançar uma eficácia maior na guerra ao Aedes Aegypti. Ou não?


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