Prefeitáveis trindadenses vivem dias de intensas negociações

Tentando formar times competitivos nas eleições deste ano os principais nomes da disputa pelo comando da Prefeitura de Trindade conjugam o verbo negociar




Atualizando o disse me disse dos bastidores da política trindadense. Conversas estariam bem adiantadas entre Flávia Morais (PDT) e Dr. Antônio (PR), este quer ser candidato a prefeito, evidentemente, e aceita a indicação do vice partindo de Flávia. Teria até um preferido, o vereador pedetista Roni Ferreira. Comenta-se inclusive que Dr. Antônio toparia ir de vice, caso Flávia decidisse encarar mesmo ser protagonista de uma nova candidatura a prefeita. Estranho, né? Deputado se candidatar a vice-prefeito está fora do menu político "do" Goiás.

E tem mais uma coisinha relevante cozinhando no caldeirão da política da "Velha Trindade da Fé e do Amor". Dr. Antônio e Flávia estariam em permanente contato com o prefeitável do PMDB, Ricardo Fortunato. O objetivo, ninguém duvida, seria a formação de uma coligação PDT-PR-PMDB forte o bastante para realizar uma disputa mais acirrada pelo comando da Prefeitura da "Capital da Fé", nas eleições de 2 de outubro deste ano. Na teoria, a ideia é boa sim; colocar isso aí de pé, são outros quinhentos. O desafio dos envolvidos nessa engenharia política é chegar a um denominador comum, a formação de uma chapa com 2 nomes, o de prefeito e seu vice. Aí é que a porca torce o rabo, queridos e queridas.

A dificuldade é que um dos três, Dr. Antônio, Flávia e Ricardo, tem que abrir mão do projeto pessoal para formar a chapa que concorrerá com aquela outra, tudo leva a crer, que será formada pelo prefeito Jânio Darrot (PSDB) e o vice ainda a ser dado a conhecer a nós, reles mortais e votantes. Eita, coisa difícil de realizar é um acordo desse tamanho com personagens que só pensam naquilo, ou seja, em sentar-se na cadeira de prefeito de Trindade. Pode até não se tratar de algo tão custoso quanto um dos Doze Trabalhos de Hércules, mas costurar esse acordão está longe ser considerado algo simples de ser feito.

Até agora consideramos apenas o viés oposicionista das negociações, porém fontes fidedignas (estava me coçando de vontade de usar essa expressão) garantem que o prefeito Jânio recentemente entabulou uma conversa com o ex-prefeito George Morais (PDT), marido da deputada Flávia, e o assunto não teve nada a ver com a expectativa de medalhas da delegação brasileira no Jogos Olímpicos Rio 2016. Na pauta em destaque estava era o apoio de Flávia à candidatura à reeleição de Jânio.

Na hipótese da deputada vir a apoiar o prefeito Jânio, claro que caberia a Flávia o direito de indicar o vice para formar a chapa. Mas as tratativas por aí têm esbarrado no desejo dos Morais em obter garantias que só o governador Marconi Perillo, o tucano-mor de Goiás, poderia dar. Ah, sim! Tem outro empecilho nesse imbróglio. Padre Robson de Oliveira Pereira, o provincial da Congregação Redentorista de Goiás, teria ascendência sobre as decisões do prefeito Jânio que se esforça para não contrariar o sacerdote trindadense, homem forte também da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). E, pelos comentários, há uma certa resistência ao casal Morais por aquelas searas.

Resumindo para terminar logo essa notinha que está ficando maior do que o esperado, o fato é que há muita marola por aí e os políticos vão mesmo decidir lá no finalzinho do prazo para a realização das convenções, em 5 de outubro próximo, com que roupa, melhor dizendo, com que parceiros vão às ruas pedir votos aos 78.166 eleitores aptos a votar, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até lá todo mundo conversa com todo mundo, menos com o eleitor, e vamos todos especulando e sabendo que, em política tudo é possível. É isso, pessoal.


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