Disputa para vereador nunca é coisa fácil

Conversando sobre o resultado das eleições passadas para entender a preparação do pleito deste ano

Eleições 2012 Resultado de Vereador
Helio Braz 54555 Votação: 2,46% 1.514 votos PPL Partido Pátria Livre	Agnelson Alves 43123 Votação: 2,43% 1.495 votos PV Partido Verde
Roni 12345 Votação: 2,06% 1.265 votos PDT Partido Democrático Trabalhista Coligação: Rumo a Vitoria I	Alexandre da Compleite 15123 Votação: 1,70% 1.046 votos PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Erik Cotrim 27000 Votação: 1,70% 1.045 votos PSDC Partido Social Democrata Cristão	Dr Dyego 15111 Votação: 1,52% 934 votos PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Luiz Henrique Margarida 25000 Votação: 1,35% 831 votos DEM Democratas	Rildo Ferreira 15433 Votação: 1,33% 820 votos PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Ferruja 15115 Votação: 1,31% 804 votos PMDB Partido do Movimento Democrático Brasileiro	Raphael Gratão 12012 Votação: 1,30% 800 votos PDT Partido Democrático Trabalhista
Felinho 14111 Votação: 1,24% 766 votos PTB Partido Trabalhista Brasileiro	Lourdes do Altamiro 55555 Votação: 1,09% 669 votos PSD Partido Social Democrático
Marcelino 65111 Votação: 1,07% 657 votos PC do B Partido Comunista do Brasil	Samuel Samuca 44044 Votação: 1,05% 646 votos PRP Partido Republicano Progressista
Amigo Leobino 45745 Votação: 1,04% 643 votos PSDB Partido da Social Democracia Brasileira	Ricardo Marques 13913 Votação: 0,96% 592 votos PT Partido dos Trabalhadores
Fabiano Pimenta 28070 Votação: 0,78% 477 votos PRTB Partido Renovador Trabalhista Brasileiro

Às vésperas do início da temporada de caça ao voto dos 78.166 eleitores de Trindade pelo batalhão formado por mais de 280 candidatos que querem se eleger vereador dos 117.454 habitantes de Trindade, nas eleições de 2 de outubro deste ano, vale a pena relembrar como foi a votação dos ilustres 17 integrantes da edilidade trindadense, conforme o resultado das urnas, lá em outubro de 2012.

O eleitorado daquela época votou, elegeu os vereadores acima que, de lá para cá, mudaram de partido a torto e a direito, mas a maioria sempre foi ficando ali pela vizinha do prefeito de Trindade, evidentemente. O poder exerce uma forte atração mesmo, não há como negar. À época, o mais votado foi Hélio Braz então no PPL, com 1,514 votos, mas dessa vez ele tentará o terceiro mandato já pelo PSDB. O vereador eleito com a menor votação, foi Fabiano Pimenta, no PRTB, que recebeu só 477 votos.

Por essas e outras é que dá uma confusão danada a formação de coligações proporcionais, pois essa etapa é meio que um jogo de xadrez. Qualquer erro na preparação pode ser fatal e resultar em derrota. Dependendo do partido e da coligação, o candidato recebe um monte de votos e não se elege, enquanto que um outro concorrente acaba conquistando o mandato a bordo de uma votação bem menor.

Meio que entre parêntesis, dá para entender agora o motivo dos candidatos do PP e do PT do B terem preferido disputar coligados entre si, evitando a companhia do PSDB e PSD que estão cheios de atuais vereadores, por exemplo. Continuando... E isso ocorre por obra e graça do atual sistema de apuração do resultado em que a eleição proporcional difere muito da majoritária. O mais votado não será, necessariamente, o eleito para a vaga no Legislativo municipal.

Temos um sistema político pluripartidário, legendas aos montes. Atualmente existem 35 partidos no Brasil. É coisa demais da conta. Caso não se criasse uma sistemática para contemplar as siglas menores, dificilmente seria eleito algum concorrente das pequenas legendas. E isso é feito pelo sistema atual que considera o quociente eleitoral (número de votos válidos dividido pela quantidade de vagas na Câmara) e o tal do quociente partidário (número de votos válidos obtidos pelo partido ou coligação dividido pelo quociente eleitoral) para estabelecer os eleitos proporcionalmente, nas eleições para os Legislativos federais, estaduais e municipais.