Governo estadual e prefeituras no jogo de empurra para pagar a iluminação de rodovias


Enquanto autoridades estaduais e municipais se contorcem para não pagar a “dolorosa”, o contribuinte já sabe que o dinheiro sairá do seu bolso sem choro nem vela

Rodovia dos Romeiros, na Vila Pai Eterno, em Trindade.


Governo de Goiás, sob Ronaldo Caiado (DEM), não quer mais pagar as faturas de energia elétrica decorrentes da iluminação de trechos de rodovias estaduais dentro de perímetros urbanos, de um lado; de outro, as respectivas prefeituras igualmente pretendem evitar mais essa sangria de recursos dos também combalidos cofres municipais, embora haja o reconhecimento de que essa despesa não deve ser mesmo bancada pelos cofres cujas chaves estão sempre sob custódia do atual “inquilino da Casa Verde”. No caso de Trindade, estamos falando de uma conta mensal, a “dolorosa”, do tamanho de uns R$ 42 mil ou R$ 504 mil por ano. É dinheiro ou não é? Para mim, é claro que sim. Muito bem, parece que a equipe do atual governo não pensou que alguém poderia querer discutir então os gastos que municípios costumam bancar para abrigar serviços estaduais, coisas como aluguéis de prédios para o funcionamento de Delegacias de Polícia, Vapt-Vupt, não raras vezes até cedendo estagiários e servidores comissionados. Tomara que façam logo um encontro de contas para o distinto público pagador de impostos do lado de cá ter condições de saber quem está chorando com mais razão nessa conversa na qual a gente percebe que andaram e ainda andam fazendo cortesia com chapéu alheio. Ah, sim! Antes de terminar esta notinha vale lembrar que divulgaram que o prefeito de Trindade havia se decidido a assumir a despesa da iluminação da Rodovia dos Romeiros (GO-060), claro, no perímetro urbano, mas houve recuo e a expectativa é a de que o imbróglio seja levado à Justiça para definir quem pagará a despesa, o nosso dinheiro na condição de trindadense ou de goiano. De qualquer forma, quem paga a conta sou eu, você e todos nós que o fazemos com o legítimo desejo de termos à disposição rodovias bem construídas, seguras (sinalizadas), conservadas (sem buracos) e iluminadas quando o sol se põe. E ninguém até agora quis saber a opinião do contribuinte sobre esse jogo de empurra.


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