Falando de novo sobre buracos nas pistas


Legislação de trânsito devia punir autoridades que deixam vias públicas esburacadas pelo país

Buracos na pista: Rua A10, setor Ana Rosa.

A legislação de trânsito brasileira em vigor tornou obrigatório o uso de capacete pelos motociclistas. Nos veículos de quatro ou mais rodas os ocupantes precisam estar amarrados aos bancos pelos cintos de segurança, mas o sujeito espremido nos ônibus e trens do transporte coletivo urbano estão “libertos” desta imposição legal, diga-se, e tem ainda até aquela obrigação de trafegar com os faróis ligados mesmo sob a luz do sol. Os legisladores estabeleceram multas em dinheiro e também a suspensão da habilitação dos condutores dependendo da gravidade das infrações ou reiterações das mesmas. Tudo isso em nome da segurança no trânsito nas cidades e rodovias. Isso até faria sentido se as ruas, avenidas e rodovias fossem pavimentadas direitinho, só que não. O que se tem são ruas estreitas demais pelas cidades mal planejadas, Trindade inclusive, asfaltos ruins toda vida, basta chover um pouquinho só que brotam buracos que vão se transformando em crateras nas pistas de rolamentos. E tem algum político, prefeito, governador, secretário, ministro ou presidente da República multado pelas péssimas condições das vias urbanas, interurbanas, estaduais, interestaduais e federais sob as respectivas responsabilidades? Claro que não, ora pois. Logo, preocupação com a segurança no trânsito se assemelha mais a “discurso para boi dormir”. Ah, sim! O “faz me rir” proveniente das multas sempre suscita discussões a respeito da melhor utilização em favor da promoção da segurança dos viajantes deste Brasil de meu Deus. Pronto falei, mais não digo nem me foi perguntado.


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