Curiosidades da atual campanha eleitoral

Vários partidos em Trindade abortaram candidaturas próprias para simplesmente se aliarem ao concorrente




A campanha eleitoral em Trindade neste ano teve alguns lances curiosos. Revirando o baú de imagens aqui, dei de cara com essa foto aí acima, do dia 15 de fevereiro, durante um café da manhã na casa de Claud Wagner Gonçalves Dias, presidente do PP na “Capital da Fé”. À mesa, estavam, além deste blogueiro, o anfitrião, o vereador Leofonso Teixeira Ramos, o Felinho, então um dos líderes da legenda mas que migrou para o Republicanos e acabou desistindo de tentar o que seria seu oitavo mandato na Câmara Municipal de Trindade, claro, em caso de vitória; o deputado federal e dirigente do pepista em Goiás, Adriano Avelar ou Adriano do Baldy, como queiram. Conversando com o deputado federal, estava o vereador Marden Júnior, à época filiado ao partido e que, na reunião foi convidado e aceitou ser pré-candidato a prefeito pelo Progressista. Dali a poucos dias, o vereador mudou o plano de voo e sem dizer “tchau, obrigado” assentou praça no Patriota, recebeu, na sequência, a unção do prefeito Jânio Darrot (PSDB) e agora é candidato a prefeito representando a base aliada que está no poder municipal desde janeiro de 2013.

Outras curiosidades
O PT tinha pré-candidato a prefeito, o professor Alaôr Dorneles, mas a agremiação se reuniu, debateu e votou por apenas apoiar uma candidatura a prefeito de outro partido, no caso, doutor George Morais (PDT). Dito e feito.

O vice-prefeito Gleysson Cabriny (PSDB) acabou preterido pelo seu partido que decidiu passar de protagonista na política trindadense para mero coadjuvante, apesar do presidente tucano em Goiás ser o próprio prefeito Jânio Darrot (PSDB). 

O PRTB, partido coadjuvante na política, contava com a possibilidade de ter um candidato próprio a prefeito em Trindade, o vereador e presidente da Câmara, Jeann Carlos que trabalhou bastante pela viabilização deste projeto, mas a cúpula peerretebista levou um dedo de prosa com o doutor George Morais e barrou as pretensões político-eleitorais de Jeann Carlos para as eleições de 15 de novembro.

E teve o rumoroso caso do vereador Roni Ferreira que integrava as fileiras do PDT, saiu de lá, assinou ficha de filiação no Cidadania do vice-governador Linconl Tejota, com a promessa de que a legenda estaria à disposição para uma candidatura própria a prefeito de Trindade. Na hora de fazer a gata parir, como se diz em política, o momento das definições ali às vésperas das Convenções partidárias, Roni Ferreira teve seu projeto abortado.

O doutor Rogério Taveira esteve no Podemos falando em candidatura a prefeito, mas perdeu o controle do partido e encontrou guarida no PP de Trindade que se via órfão de candidatura própria naquela altura do campeonato. Rogério Taveira não conseguiu emplacar seu projeto e a legenda resolveu também apenas apoiar a candidatura de doutor George Morais (PDT).

O ex-prefeito Ricardo Fortunato (MDB) espalhou outdoor com sua foto ao lado da de Iris Rezende pela cidade toda, dando pinta de que seria candidato a prefeito mais uma vez e, na hora da onça beber água, primeiramente anunciou apoio à candidatura de doutor Antônio (DEM), mas logo em seguida deixou o dito pelo não dito e passou a apoiar outro doutor, o George Morais (PDT).

E por falar em doutor George Morais, o candidato que mais se movimentou na pré-campanha arregimentando o maior número de partido em torno de si, oito legendas, tornou-se alvo de ações do Ministério Público Eleitoral e de adversários, pedindo a impugnação do registro de sua candidatura por irregularidades em contas da época em que foi prefeito de Trindade.

De tudo isso aí o que realmente intriga a gente é o fato de vários partidos terem decidido barrar candidaturas próprias a prefeito para simplesmente apoiar outro concorrente. A lógica da política não seria que todo partido apresentasse o seu próprio candidato? Ah, isso para quem não é ramo da política, pois quem milita no mundo dos partidos sabe que ali “o buraco é sempre mais embaixo”. Pois é, pois é, pois é.


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