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A transação do PT

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Em 1984, às vésperas da votação que derrubou a emenda constitucional que restabelecia a eleição direta para a Presidência, o nome de  Tancredo surgiu como uma alternativa para um governo de transição. Lula, grão-senhor do PT, fulminou a ideia: “A proposta de Tancredo Neves não é de governo de transição coisa nenhuma. É uma proposta de transação.” Ele atirou no que viu e acertou no que não viu. A brincadeira com as duas palavras estava no título de uma grande livrinho publicado pela primeira vez em 1855 e reeditado em 1956. Chamava-se Ação, Reação, Transação , do jornalista Justiniano José da Rocha. É quase certo que Tancredo o lera. À ação democrática dos primeiros anos da independência, correspondera uma reação absolutista, aplacada pela necessária transação da política de conciliação do Marquês de Paraná. Tancredo era, queria ser e foi o homem da transação que levou à restauração democrática. A memória petista tem o desconforto de lembrar que o partido ameaçou expulsa