Muitos parlamentares querem mesmo é um lugar no Executivo

Daí o político não faz um bom trabalho no Parlamento porque deseja mesmo é ser prefeito, governador, presidente...

Ilustração com imagem medium.com




Se tem uma coisa que os políticos fazem muito bem é não terminar aquilo a que se propõem fazer quando pedem e ganham o voto do eleitorado em tempos de eleições. O sujeito se candidata a deputado, vereador, senador, promete que fará quase chover se for eleito, chega ao poder, mas muito antes de completar a metade do mandato conquistado já acompanha o vento, muda de conversa e se candidata a outro cargo. É tipo assim, o pedreiro acerta a construção de uma casa, porém antes de acabar o serviço começa a negociar a empreitada relativa a um sobrado. No fim das contas nem uma coisa nem outra é feita como deveria. Onde estávamos? Ah, sim! Aqui mesmo. A atividade parlamentar tem sido usada como espécie de trampolim por muitos excelentíssimos que, na verdade, sempre estão de olho mesmo, uma cobiça indisfarçável, por uma vaga no poder Executivo. A criatura consegue uma cadeira no Parlamento mas quer mesmo é ser presidente, governador ou prefeito. Nas eleições de domingo (15), por exemplo, tem um monte de deputados estaduais e até senador doidinhos da silva para virarem prefeitos. Curiosidade, exercendo os atuais mandatos o que os ilustres parlamentares candidatos fizeram até ontem? Pouca coisa, quase nada, seria uma resposta aceitável. Mas acontece que é confortabilíssima a situação dos parlamentares que podem pular de galho em galho, no entanto permanecem “donos” da respectiva vaga. Se os políticos não fossem tão espertos como são para protegerem os interesses deles próprios, caso o parlamentar quisesse disputar um outro cargo durante o mandato, deveria renunciar, para tanto. Todavia, é aquela história, “quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é bobo ou não entende da arte”. E se há uma atividade na qual não tem gente boba é na política, onde é abundante a quantidade de verdadeiros artistas do ilusionismo ou, vá lá, da embromação pura e simples. Pois é, pois é, pois é.


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