Baixo público das partidas iniciais do Goianão 2015.

Qualidade técnica das equipes em baixa, violência das torcidas organizadas e excesso de futebol na televisão afasta torcedores dos estádios.



Tabela extraída do jornal
O Popular (9/2/2015, pág. 17)
E o Goianão 2015 já teve a sua terceira rodada neste fim de semana. Acho bacana o esforço que a imprensa esportiva local faz para promover o campeonato, produzindo reportagens até engraçadinhas, principalmente na televisão, e muitas outras sérias, com análises e opiniões as mais diversas, destacando um e outro aspecto meio pitoresco de cada partida, por exemplo. Isso é importante mesmo para despertar não apenas nos torcedores deste ou daquele time, mas também no público que assiste à programação de rádios e televisões e, claro, nos leitores dos jornais.

Mas sabe o que me chamou muito a atenção ao ler a página de esportes do jornal O Popular dessa segunda-feira (9), internautas? A quantidade de público pagante nos estádios. É isso aí. Puxa, o número está baixo demais da conta para uma modalidade de grande apelo popular como é o futebol, bem entendido. Claro que o futebol nos últimos tempos não anda mais com aquela força de atrair aos estádios tanta gente assim, mas as estatísticas do Goianão mostram que a torcida está arisca.

O Atlético 1 X 2 Goiás, no Serra Dourada, neste domingo (8), foi visto por 6.420 pagantes e a renda ficou em R$ 64.230,00. Posso estar enganado, mas essa grana deve ser insuficiente para cobirir os custos de uma partida desse porte. Ou não? Teve também o Itumbiara 3 X 0 Caldas Novas, no Estádio JK, cujo público foi do tamanho de 1.950 pagantes, enquanto que a renda bateu nos R$ 58.500,00. O Crac 0 X 1 Anapolina , no Estádio Genervino da Fonseca, jogaram para uma torcida formada por 1.237 pagantes e renda gerada foi de R$ 21.260,00. O Trindade 2 X 2 Goianésia, no Estádio Abrão Manoel da Costa, recebeu bravos 516 pagantes para uma renda de R$ 8.430,00. Enquanto isso, Grêmio 1 X 2 Aparecidense, no Estádio Jonas Duarte, foi um jogo disputado para um público de 71 pagantes e a renda ficou em modestíssimos R$ 1.920,00.

hoje em dia o futebol está banalizado demais na televisão. Quase toda noite tem uma partida valendo por um dos tantos campeonatos que são disputados simultaneamente. Isso cansa qualquer sujeito que gosta do esporte, além do que fica caro frequentar estádios, convém dizer. E o pior é que a qualidade técnica dos times brasileiros tem caído ano a ano, não há como negar. A excelência do futebol brasileiro não é mais aquela, basta lembrar dos 7 a 1 que a Alemanha enfiou na seleção brasileira do Felipão, na Copa do Mundo do ano passado para não ficar nenhuma dúvida a respeito disso.

E a qualidade técnica das equipes do futebol goiano, não dá para negar, está deixando a desejar. Há bem uns 9 anos que a disputa pelo título de campeão se restringe aos times de Atlético e Goiás e mais nada. E mesmo no caso desses dois grandes de Goiás, a coisa precisa melhorar e muito ainda, basta notar o desempenho dos times goianos nas disputas nacionais que a gente percebe claramente o quanto ainda é preciso evoluir a qualidade de nosso futebol.

Essas coisas vão jogando contra, acho eu, a disposição do camarada sair de casa para ir ver o time do coração em campo e ao vivo. E para piorar um tantinho ainda, as tais de torcidas organizadas fazem de qualquer jogo de futebol uma praça de guerra, com violência aterrorizante dentro e fora dos estádios. E assim o espetáculo que era ser dentro das 4 linhas termina metendo medo na pessoa de bem que vai se afastando cada vez mais dos estádios. Bem, penso que é mais ou menos esse o retrato da coisa toda.


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