Comentários sobre os festejos dos concluintes do terceiro ano do Colégio Estadual Divino Pai Eterno

Solenidade marcada pela ausência de políticos teve discursos reconhecendo a importância do papel dos professores na formação dos futuros profissionais



Concluintes do 3º ano do Colégio Divino Pai Eterno
com o diretor do estabelecimento, Rosivelton Nunes
Na quinta-feira (14), no espaço de festas Athenas, assisti à solenidade de colação de grau dos concluintes do terceiro ano do segundo grau do Colégio Estadual Divino Pai Eterno, sob a direção do professor Rosivelton Amaral Nunes. 60 jovens estudantes resolveram participar do evento que marca o cumprimento de uma etapa muito importante na vida de qualquer pessoa. Na verdade, mais de 200 alunos terminaram o ensino secundário naquele estabelecimento. Acho interessante a empolgação dos estudantes e das respectivas legiões de familiares e amigos que fazem uma zoeira terrível principalmente na entrega dos certificados.

Sabe aquele momento em que os concluintes estão prestes a receber os respectivos canudos e vem um e faz o juramento em nome da turma, vem outro e fala em homenagem a isso e aquilo? Pois então, chamou a minha atenção a fala do Wemerson Rodrigues Vaz que fez um breve pronunciamento em homenagem aos professores, quando destacou a importância do trabalho dos mestres ressaltando a necessidade de haver maior valorização destes profissionais.

E pensar que vivemos um tempo no qual os mais entendidos, se é que me faço entender, dizem tratar-se da Era do Conhecimento, portanto, um período “nesta longa caminhada da vida” (A benção, Zé Rico!) em que o professor é um dos atores mais importantes nesse processo de, como direi, transmissão dos saberes de uma geração à outra, é pouco valorizado sobretudo quando se observa o baixo nível das remunerações pagas a esse pessoal que enfrenta salas de aulas apinhadas de alunos. Claro, a principal referência aqui é à rede pública de ensino.

Outro ponto que comprova o desinteresse em se valorizar o papel do professor nesta sociedade da “terra brasílis” é facilmente percebido no ensino superior, especialmente naqueles cursos que formam os mestres, as chamadas licenciaturas. Cada vez menos estudantes concluem o segundo grau e disputam vagas para cursos superiores de Português, Matemática, História, Física, Química, Biologia e por aí segue. A disparada preferência é por medicina, direito, engenharia, cujo potencial de se ganhar melhores salários é inquestionavelmente maior.

A carreira do professor devia ser mais atraente, eis a verdade, mas os gestores públicos responsáveis pela pasta da Educação, principalmente aqui em Goiás, vem dando toda a pinta de que o bom trabalho é feito pelos instituições privadas. Isso por si só já é um desmerecimento ao serviço prestado nas escolas públicas onde os “amados mestres” terminam pagando o pato pelos resultados nem sempre elogiáveis quando penso em excelente na qualidade do ensino levado aos cidadãos, arrisco dizer. Por essas e outras não tem como negar que a carreira de professor precisa urgentemente ser valorizada não apenas por gestores públicos eventualmente aboletados no poder, mas pela sociedade como um todo.

Ah, sim! Quase ia me esquecendo de uma coisinha que eu achei muito legal mesmo naquela solenidade. Seguinte, os concluintes pagaram a conta da festa e, talvez por isso, não se viu nenhum político ou sequer representante da Subsecretaria Estadual de Ensino de Trindade no evento. Foi bom demais, ao menos para este blogueiro, porque não se ouviu aquela discurseira cansativa de suas excelências, muito menos as saudações protocolares a fulano de tal representando sicrano. Parabéns aos organizadores da solenidade também por este aspecto. E na sexta-feira (15), a moçada toda voltou a se reunir no mesmo local para a festa de gala. Merecida, diga-se de passagem.

E para encerrar, uma mensagem aos concluintes do terceiro ano... Aos estudos, senhoras e senhores!


Crédito da foto: Reprodução do perfil do professor Rosivelton Nunes no Facebook.




Comentários

Unknown disse…
É sempre prazeroso ler seus texto, irmão Sérgio. O Colégio Est. Divino Pai Eterno presta um serviço diferente em nossa cidade. Digo que além da obrigação profissional, reside ali, uma forte consciência social. Parabéns aos formandos e a toda equipe. E, plagiando você, ao estudo.
Parabéns pelo seu blogue, Sérgio! Muitos querem ter, poucos perseveram. Seja firme.
Abraços!