Padre João Otávio comemora 35 anos de ordenação sacerdotal

Reitor do Seminário Padre Pelágio e responsável pela Igreja do Santíssimo Redentor, foi escolhido Vice-Superior Provincial dos Redentoristas



Nesta terça-feira, dia 27 de dezembro de 2022, é tempo de cumprimentar o Missionário Redentorista, Padre João Otávio Martins, reitor do Seminário Padre Pelágio e responsável pela Igreja do Santíssimo Redentor, dedicada ao Venerável Padre Pelágio Sauter, no alto do setor Ana Rosa, em Trindade, que completa hoje 35 anos de sua ordenação sacerdotal, em 1987, em Morro Agudo, por dom José Carlos de Oliveira, dando início assim a uma caminhada de intensas atividades pastorais. Vale lembrar ainda que Padre João Otávio foi escolhido, no mês passado, Vice-Superior Provincial da Congregação do Santíssimo Redentor (CSsR). Daqui enviamos nossos sinceros cumprimentos a este sacerdote católico, rogando ao Divino Pai Eterno que continue abençoando Padre João Otávio em sua missão evangelizadora.

Mensagem do Padre João Otávio

No dia 27 de dezembro de 1987, em Morro Agudo de Goiás, às 9h, D. Carlinhos, Bispo Redentorista de Rubiataba - Mozarlândia, presidiu a missa na qual fui ordenado Presbítero, Missionário Redentorista. Ali presentes estavam meus pais Francisca Rosena e José Martins (falecidos) e todos os meus 12 irmãos. A celebração aconteceu na Praça, que estava lotada de fiéis, parentes e amigos. Naquela época cada diácono preparava a própria ordenação. Fiquei um mês percorrendo a paróquia pedindo ajuda para o almoço que gratuitamente alimentou tanta gente vinda de longe e perto. Também organizando equipes que gratuitamente prestaram excelente serviço.

Quando fui ordenado padre decidi e aceitaram que eu fosse para a Missão em Xinguara, no Sul do Pará, um lugar onde o padre não era bem recebido pelos latifundiários e grandes empresários que dominavam as riquezas e exploravam os pobres daquela região. Por outro lado, muito bem aceito pelos pobres migrantes que conseguiam um pedaço de terra e ali tinham esperança de melhorar a vida. A Missão era árdua porque, muitas vezes, saíamos a pé ou a cavalo percorrendo as comunidades rurais fundando comunidades que continuavam unidas na oração e em mutirões se ajudando. Éramos três padres e três noviços. Cada padre com um noviço tinha uma região para atender com até 10 ou mais comunidades, dependendo da distância. Pude partilhar ministrando os Sacramentos da Igreja e até fundando escolas, pois as necessidades eram grandes ao ver tantas crianças sem escolas. Por necessidade, nos tornamos supervisores da Educação local. Em vários lugares deixamos escolas construídas por mutirões e funcionando.

Assim foram os primeiros anos do meu sacerdócio. Voltei para Goiânia, doente, pois em vários lugares não havia água potável. Tinha que beber água salobra das cacimbas, tomar banho de cuia, dormir em rede que, não era meu costume. Mas voltei realizado como Missionário Redentorista.

Daí em diante passei por muitas paróquias e missões, como Trindade dois, Nossa Senhora da Abadia, em Itauçu (GO). Naquela época, a pedido do Provincial, Pe. Fábio, iniciei o curso de Formação Propedêutica, por três anos e o mesmo que continuo hoje. Prosseguindo, auxiliei na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia; fui pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, São Sebastião (DF), Santo Afonso (DF), Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Lago Sul Brasília (DF), São Paulo Incra 8 (DF), Nossa Senhora da Guia, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia (GO), São Sebastião, em Xavantina (MT) e Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campinas, Goiânia (GO), de onde saí, em 2019, para vir para Trindade. Está completando quatro anos que estou no Seminário Padre Pelágio e na Igreja Santíssimo Redentor.

Na Missão Redentorista seguimos Santo Afonso, continuando Jesus Cristo, levando a Copiosa Redenção aos pobres e abandonados. Nossa missão está coerente com o Carisma fundado por Santo Afonso, em 9 de novembro de 1732, em Nápoles na Itália. Como Redentoristas devemos nos colocar à disposição para assumir serviços nos lugares mais difíceis onde estão as populações mais carentes de atendimento da igreja e do estado.

Nesses 35 anos de Sacerdócio segui o que a Congregação do Santíssimo Redentor pede nos Estatutos e Constituições. Porém, me apresento humildemente como penitente e frágil. Assim como todos os católicos praticantes, peço perdão todos os dias pelos meus pecados e nas Missas também peço perdão dos pecados dos que participam. Também absolvo os que confessam e se arrependem. Essa será a minha Missão enquanto eu tiver consciente e com condições de saúde. Caminha comigo a vida inteira me protegendo Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Ela continua me Abençoando e a todas e todos os seus devotos.

Amém!


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