Capital da fé também está ficando violenta

Quando pessoas muito próximas começam a relatar que fulano ou beltrano foi assaltado, teve a moto ou carro subtraídos por bandidos a mão armada, em plena luz do dia, a gente percebe de modo inegável como a violência passou a ser presente nas comunidades de um modo geral. 

A violência está, digamos, democratizada, pois atinge pobres e ricos, na capital e no interior, cidades pequenas, médias e grandes. Trindade, importante centro religioso da fé católica de Brasil, não ficou imune à violência urbana, conforme a gente constata diariamente. 

Dia sim e outro também, tomamos conhecimento de pessoa conhecida que teve o carro roubado, no centro da cidade, à luz do sol, sob a mira de arma. Outros nos contam de motos que foram levadas por bandidos que nem se preocupam mais em esconder o rosto. Roubos e furtos em residências e estabelecimentos comerciais estão se tornando ocorrências rotineiras.  

As mais diferentes modalidades de crimes, “saidinhas de banco”, até sequestro de bancário, assassinatos durante dia e em local público vem ocorrendo em Trindade. E isso nos dá um medo terrível. Até porque, como naquela música do Teodoro & Sampaio, “quem tem, tem medo”. 

Não arrisco a dizer que esse clima de insegurança vivido hoje em dia seja consequência de poucos policiais nas ruas. A presença da polícia na cidade é algo facilmente constatável, pois sempre enxergamos uma viatura aqui e outra ali nas ruas de Trindade. Penso que a questão é muito complexa, passa também pela passividade das pessoas em relação à impunidade ou mesmo às brandas penalidades aplicadas a criminosos que matam, sequestram, torturam gente inocentes por qualquer coisa. 

O fato é que a insegurança é um sentimento geral, uma preocupação de todos. Sempre quando se fala a respeito de tornam a legislação penal mais dura, surgem especialistas dizendo que isso não resolve. No entanto, ninguém aparece para sugerir alguma medida capaz de fazer refluir a ocorrência de tantos crimes, dentre eles, assassinatos a que se assiste diariamente via imprensa. 

No meio de tudo isso a gente segue vivendo a cada dia mais amedrontado, erguendo muros das casas, instalando câmeras e cercas elétricas, mas na certeza de que nada disso adianta. A única coisa que nos resta é apelar ao Divino Pai Eterno em busca de proteção às nossas vidas e das nossas famílias.

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