Estamos nos acostumando à violência diária...


De vez em quando faço aqui alguma referência ao sentimento de medo que a gente percebe nas pessoas em todos os lugares, por causa da violência de todo dia. Roubos, assaltos, furtos, enfim, esses acontecimentos deixaram de ser uma espécie de "coisa de cidade grande" para dar o ar da graça também nos pequenos municípios, como se vê nos noticiários nacional, estadual, bem como nos relatos de vizinhos e amigos.

Hoje, os caras entram nas casas e fazem uma verdadeira "faxina" se os donos lá estiverem ou não. Pior se encontrar os proprietários dos imóveis. Aí eles costumam judiar das pessoas com espantosa covardia e desumanidade. A audácia dos "malas" não têm mais limites não. Sob a luz do sol mesmo o elemento mata o outro assim sem dó nem piedade. Isso demonstra não haver a menor preocupação com uma punição, sobretudo aquela que se espera do Estado e suas instituições. Vivemos em tempos modernos em que a vida humana está valendo muito pouco.

Nos primeiros 20 dias de janeiro deste 2014 foram registrados 38 assassinatos em Goiânia, segundo dados divulgados pela imprensa goiana. É muita gente sendo assassinada pelos goianos. E nem estamos vivendo sob uma guerra civil nem nada. Dizem que essa mortandade toda é decorrente de problemas do tráfico de drogas, com destaque para o crack. Nessa atividade, mata-se por qualquer "me dá cá essa palha".

Mas não é só isso não. Briga no trânsito resulta em morte. O cara fala uns desaforos para alguém e a coisa termina em assassínio. Familiares se desentendem e o produto é alguém sendo morto. Jovens saem para a balada na maior animação e no fim o passeio termina em velório. A solução de conflitos por aqui, ao que parece, passa pelas armas. É triste. É medonho. É assustador. Pior, a gente se acostuma ou já se acostumou.

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