Insegurança pública reinante está de meter medo em qualquer pessoa

A violência banalizou, mata-se por qualquer bobagem e a coisa só faz piorar


A violência está fora de controle no Brasil todo. (Fábio Motta/AE)



Dando uma olhadela no noticiário goiano na manhã deste sábado (24), o sujeito fica até com medo. No Portal G1 (Goiás), a gente dá de cara com três notícias de arrepiar. Está duvidando? Uai, veja a seguir.

Dois homens, feirantes, foram assassinados a tiros dentro de uma kombi em que trabalhavam em feiras livres de Goiânia, neste sábado (24), ali nas proximidades da ponte sobre o Rio Meia Ponte, sentido Aparecida de Goiânia – Capital. E teve mais.

Camarada estava preso na cadeia de Indiara, no Centro de Goiás, mas acabou morto na sexta-feira (23), durante banho de sol, a golpes dos famigerados chuchus (facas artesanais), algo encontradiço nos presídios brasileiros. Não acabou só nisso não.

Dentro de uma mala, também nesta sexta-feira, foi encontrado o corpo de uma mulher, num córrego na divisa dos bairros Vila São Joaquim e Santos Dumont, em Aparecida de Goiânia. Familiares identificaram o corpo da vítima, natural de Bom Jesus (PI), que morava na Capital goiana. Fiquemos apenas com estes três casos dramáticos, mas há mais, muito mais ainda.

Esta situação é ou não é de meter medo em qualquer um que tenha um mínimo de juízo? Vivemos no país inteiro, em Goiás, em Trindade, em todo lugar, tempos de total insegurança pública, enquanto líderes políticos continuam falando platitudes a respeito deste serviço público que vem sendo negligenciado faz tempo em terras brasileiras.

A triste impressão que se tem diante da banalização da violência nos atuais dias doidos demais da conta é que “por qualquer me dá cá esta palha” alguém é morto. Como nos tempos antigos e violentos, sem leis, parece que resolveram matar um e deixar o outro amarrado para ser imolado mais tarde. “A coisa está feia, a coisa está preta”, como diz aquela antiga moda de viola, mas só tem feito piorar. E é desalentador a gente olhar adiante e não vê em curso ações capazes de reverter esse estado das coisas.

Autoridades policiais e judiciais já não intimidam a bandidagem cada vez mais ousada, abusada, destemida e armada até os dentes. Os arsenais em poder de quadrilhas, não raras vezes, botam o armamento da força policial no chinelo. E olha que os policiais se esforçam diariamente na missão de proteger os cidadãos. É um prende e solta marginal (o mesmo por várias vezes até) que nunca tem fim. De dentro de presídios os caras condenados pela Justiça, cumprindo as penas, gerenciam negócios marginais poderosíssimos, conforme não se cansa de mostrar a imprensa. Enquanto isso, as pessoas vão se fechando dentro de casa e, quem pode, transforma a residência meio que em bunker familiar, buscando ao menos uma sensação de segurança que a realidade teima em contrariar.

Muito bem, neste ano teremos eleições para presidente da República, governadores dos Estados e do Distrito Federal, bem como deputados federais, senadores e deputados estaduais. Tome nota. Quem legisla sobre segurança pública, direito criminal e que tais, são os parlamentares federais. Logo, é recomendável que os eleitores prestem muita atenção em quem eles estarão votando e elegendo, lá no dia 5 de outubro. É hora do tema segurança pública entrar na pauta política como ponto prioritário.

Uma coisa é certa, do jeito que está, caminhamos rumo a uma situação de total insegurança das pessoas e descrença dos cidadãos comuns nas instituições do Estado. E isso não é bom para seu ninguém. Enquanto nada de bom acontece nesta seara, resta-nos pedir a intervenção e proteção de Deus. Divino Pai Eterno, olhai por nós!


Comentários