Recordar é viver... The Kingstone, banda de baile de Aloândia.

The Kingstone: Juvercino, Mário, Pajé, Antonio e Adebrair,
11 anos animando bailes em Goiás e fora dele também,
nos idos de 1970.
A novela das 19 h da Rede Globo, Boogie Oogie, tem uma trama baseada nos anos de 1970, todo mundo sabe disso. Vai daí que neste fim de semana estive em Edealina para participar da festinha de aniversário da Mariana (7 aninhos), filha da Keyla e do Cristiano. A Keyla é filha do meu tio paterno Jair Lucindo, o Jair Pitota. Claro que aproveitei e vi um monte de gente que fazia tempo não encontrava, parentes, amigos e conhecidos. E o que tem os anos 70 a ver com isso? Espere só mais um pouquinho, internauta afoito.

Por falar em Edealina, bom dizer que aquela cidade está vivendo tempos de prosperidade com a chegada da Votorantim Cimentos. A população de algo ao redor de 4 mil habitantes, no Sul de Goiás, na região do Vale do Rio dos Bois, passou a ter novas oportunidades de empregos diretos e, claro, o reflexo a que se está assistindo em toda a atividade econômica do município depois da instalação de uma fábrica no município. Encontrar imóvel para alugar na cidade, não é fácil. E a valorização imobiliária nos últimos anos tem sido muito forte mesmo.

Bem, mas retomando o fio meada, o motivo pelo qual iniciei esta notinha. É o seguinte, ao visitar meu outro tio paterno que também mora em Edealina e lá se vão muitos anos, o Mário Lucindo, dei de cara com a fotografia que ilustra e dá sentido a estas linhas, inegável relíquia histórica para a família. É, o “Marreco”, como é conhecido pelos amigos e familiares, professor aposentado, é músico, batera, hoje com as baquetas meio que encostadas. E nos idos de 1970, o cara era integrante de uma banda, a The Kingstone.

Então, àquela época, o tio Mário morava em Aloândia, nossa terra natal. No período de 1966 e 1977, juntamente com o Juvercino e o Adebrair, ambos de Morrinhos, o Pajé, de Joviânia, o tio Mário e o Antônio, também de Aloândia, formaram o The Kingstone. E os caras durante 11 anos embalaram muitos bailes por este Goiás afora, tendo tocado inclusive em cidades do então Norte de Goiás, hoje Tocantins, Pará e Maranhão.

Na foto clicada diante da estátua do Cristo Redentor em Morrinhos, os caras da The Kingstone botaram banca com aquele visual genuinamente anos 70: Calças boca de sino, cabelos compridos, barba, óculos escuros e aquela pose toda. Banda de baile era comum por aquela época. E estamos falando de uma banda de uma cidade do interior goiano, Aloândia. Para os músicos aquilo ali era uma verdadeira escola pois o cara tinha que se desdobrar, tocar e cantar músicas de vários estilos. Inclusive e principalmente mandando ver naquelas canções românticas em inglês.

Lembro-me de ouvir os caras dizendo que pegavam as letras pela pronúncia, mas eles não sabiam era nada de inglês mesmo. Qual a saída para animar as baladas, cujo “set list” de então era recheado de músicas estrangeiras? Ora, o “enrolation”. Pessoal sempre foi mesmo para as festas é para se divertir e coisa tal. Se o cantor está pronunciando corretamente a letra da música ou não, depois de tanta bebida na barriga e o álcool e outras substâncias na cabeça, o que importava? É assim até hoje. A propósito, não faz muito tempo, no auge de “Gangnam Style”, do rapper sul-coreano Psy, ouvi os cantores de uma banda de baile em Trindade cantando aquele troço incompreensível.

Mas, retomando para concluir, é bacana ver um pouco da história de vida de pessoas queridas da gente. E notar mesmo como era a vida, o estilo das pessoas de uma época nem tão distante assim no tempo. Muito bom mesmo. Porém, antes que eu me esqueça, vale a pena dizer quem era quem na The Kingstone. Seguinte, na foto, da esquerda para a direita: Juvercino (Guitarra), Mário (Bateria), Pajé (Teclados), Antonio (Baixo) e Adebrair (Guitarra e vocal). Bons tempos aqueles, galera.


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