Ainda sobre novos empreendimentos públicos em Trindade

Construir uma nova sede para a Prefeitura ou um Parque Municipal é complicado e custa caro, mas são desafios possíveis de se fazer


Vista aérea do maior empreendimento de Trindade: Basílica do Divino Pai Eterno
(Imagem: Arquivo Google)


Quando escrevo aqui a respeito da necessidade da Prefeitura de Trindade ao menos iniciar uma espécie de planejamento para construir, o mais rapidamente possível, sua nova sede capaz de abrigar toda a estrutura administrativa do município ou falo sobre a possibilidade de se construir um parque municipal naquela área na entrada da cidade, próxima ao Portal da Fé, não estou simplificando nada não, apenas externando uma opinião.

Claro, falar ou escrever é sempre mais fácil do que construir uma obra física qualquer. E, sim, não existem facilidades nesta vida, na administração pública então muito menos. É o que eu penso. A gente sabe, por ouvir dizer, da falta de dinheiro para isso e aquilo. A arrecadação da Prefeitura de Trindade é pequena, coisa de R$ 10 milhões por mês, mais ou menos, frente às enormes carências do município. Normalmente, os líderes enxergam um problema ou necessidade e partem disso para solucionar os casos. Agora, muitas vezes, aquilo que para uma pessoa é um problema, para quem está no poder o negócio é diferente, as prioridades são outras. Faz parte do jogo.

Apesar de tudo, a falta de recursos financeiros por si só não representa a maior dificuldade para iniciativas como as tratadas aqui. O grande obstáculo é que o prefeito e sua equipe se interessem pelo assunto. Veja bem, não estou dizendo este, o atual prefeito não. Estou me referindo à figura do prefeito como o líder da política do município e chefe do poder Executivo também. Afinal de contas, o responsável pelo planejamento e execução de tudo é o eventual detentor da caneta com a qual se assinam as leis e os cheques administrativos. Se bem que hoje em dia as transações bancárias são executadas mediante o uso de senhas eletrônicas... Modernidades tecnológicas que vieram para ficar.

Vamos dar continuidade ao prosseguimento”, como diz aquela dupla de humoristas goianos, Vira&Mexe. Seguinte, Pedro Ludovico Teixeira não teria movido uma palha para a construção de Goiânia, pois dinheiro era matéria escassa desde sempre. Brasília não teria sido construída se Juscelino Kubitschek se ativesse à inexistência de dinheiro disponível para tanto. Um exemplo menor, se o vereador Carlos José Domingues, então presidente da Câmara Municipal de Trindade permanecesse de braços cruzados diante da escassez de dinheiro, o Legislativo trindadense não teria sua sede, cuja construção impulsionou também a ocorrência de melhorias urbanas nos bairros vizinhos ao Jardim Primavera.

Mais um exemplo de que empreender é complicado, nada é fácil na vida real mas tudo acaba sendo possível, quando se quer e se trabalha para realizar, é a construção em andamento da nova Basílica do Divino Pai Eterno. Será que se o Padre Robson de Oliveira Pereira fosse contar com a segurança de deter todos os recursos necessários para tal empreendimento a coisa estaria acontecendo? Sei não, mas duvido muito que a ideia teria saído da prancheta. Ocorre que antes pensaram, discutiram e decidiram por enfrentar o desafio e talvez até demore a terminar, mas a obra já existe.

E com essa volta toda penso ter deixado claro aos ilustres internautas que de vez em quando acessam este modesto espaço, que o objetivo é somente dar uma opinião a respeito de ações públicas com potencial de melhorar a qualidade de vida da população e até promover o desenvolvimento de Trindade como um todo. Lógico e evidente que dá um trabalhão medonho fazer esse tipo de coisa, mas alguém uma hora dessas terá que encarar o desafio de ousar mais à frente do poder público na “Capital da Fé”. É isso! Mais não digo nem me foi perguntado.


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