A desumanização da pessoa humana

É hora de olhar para dentro, rever o que significa ser humano e reconhecer que o amor não se compra, mas se vive, se cultiva, se nutre Marcelo Lopes: "Hora de olhar para dentro". (Foto: Divulgação) REFLEXÃO | Marcelo Lopes é empresário, psicanalista e presidente do Rotary Club de Trindade Em um Brasil onde a dor se oculta sob sorrisos, cerca de 84% de nós carrega um peso invisível, problemas psiquiátricos, sombras que nos assombram, a ansiedade como carga, a depressão como ferida, numa realidade que muitos se recusam a encarar. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará, como se a essência da humanidade se evaporasse. Enquanto vejo a desumanização se tornar um grito ensurdecedor, um chamado desesperado para ser visto, ser amado. Pessoas mudam sua configuração humana, transformam-se em caricaturas de si mesmas. Nas margens da sociedade, androides sem alma mudam suas identidades à revelia, tornam-se animais de estimação, como quem grita: “Eu estou aqui!” Mas...