Divagações dominicais na “Capital da Fé”

Punição branda para magistrados, briga de jornalistas e bate-boca entre vereadores goianienses foram os temas da divagação do momento



Desnecessário legendar isso aqui.


E eu que fiquei um tempão aqui em casa, hoje, de pernas para o ar? Opa! Melhor explicar essa afirmação. A minha humilde residência estava e continua em ordem, graças a Deus. No caso, as pernas deste que vos escreve, sim, foram postas para o ar. É que encontrava-me no auge da curtição das delícias do ócio do final de semana remunerado nesta domingueira devagar e acabei divagando sobre um monte de coisas. Interessante como o pensamento é um trem que ninguém consegue botar cerca, né? Então, foi isso mesmo.

Mas sabe o que me tomou um bom par de horas, internauta? Coisinhas bobas, assuntos que estão distantes do pequeno universo no qual este modesto blogueiro existe, no dia à dia normal de um “latino americano sem parentes importantes e vindo do interior”. Afinal, como falou aquele outro lá, “penso, logo existo”; se estou aqui às voltas com meus pensamentos o motivo deve ser então por eu estar vivo. Ou será que não? Ah, sei lá! O negócio é que estou existindo... e pensando. E agora digitando, escrevendo.

Aneim! Deixemos imediatamente de ficar rodeando o toco e avancemos. Do contrário, essa notinha vai acabar é nunca. Como ia dizendo, alguns temas foram passando pela minha cabeça de vento e eu pulava de um caso para o outro tão rapidamente quanto o Usain Bolt cruza os 100 m rasos naquela prova tradicionalíssima dos jogos olímpicos. Por falar nisso, como é que aquele camarada consegue desenvolver uma velocidade daquelas, hein? Divino Pai Eterno, o homem é um raio nas pistas.

Epa! Volte aqui, blogueiro. Rapaz do céu, como está difícil concentrar-se, digo, focar de uma vez por todas no que realmente quero contar para você que, uma hora ou outra brinda a gente daqui com a visita a este espaço. Mas agora a coisa vai andar sim, senhor. Ah, vai! Pode apostar que sim! Seguinte. E seguinte é o que segue, todo mundo sabe disso.

Min. Paulo Medina (Reprodução/TV)
Onde estava mesmo? Sim, nos assuntos sobre os quais andei divagando, em pensamento comigo mesmo, na tarde modorrenta deste domingo. Vi um post no Blog do Josias sobre a “punição exemplar” que um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sofreu. A excelência em questão foi "rigorosamente" condenada ao fiel cumprimento de uma pena de... aposentadoria compulsória. Quanto sofrimento, hein? É a pior, a mais rigorosa, forma como são punidos os magistrados nessa terra brasílis. Quem pode, pode.

Aí viajei na maionese. Quando um outro servidor público qualquer, principalmente um “barnabé”, termina flagrado cometendo crimes contra a Administração, a lei vigente estabelece punição de verdade. O cabra pode ser demitido a bem do serviço público e não leva nadica de nada, pois não há Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Se o sujeito já estiver aposentado, pode ter a aposentadoria cassada. E isso é um erro, pois aposentadoria não é favor nenhum, paga-se para se gozar esse direito.

Outro tema com o qual fiquei ocupado por um tempinho, foi a recente troca de “gentilezas” entre os jornalistas Joice Hasselmann e Reinaldo Azevedo. Os dois já dividiram bancada em programas na TVeja (vide imagem abaixo), mas a jornalista foi demitida da Veja, enquanto Reinaldo segue por lá com seu respeitado e influente blog hospedado na publicação dos Civita. Se ambos foram parceiros à época pré-impeachment de Dilma Rousseff, as coisas mudaram muito de lá para cá.

Bancada da TVeja com Joice (azul) e Reinaldo (branco),
além de Marco Villas e Augusto Nunes.

Reinaldo critica quem lhe dá na cabeça e não tem poupado nem mesmo os incensados procuradores e policiais federais que atuam na Operação Lava-Jata, digamos assim, sob a batuta do juiz Sérgio Moro, a grande figura pública do país neste momento. Ocorre que a Joice está campo oposto ao do blogueiro Reinaldo e os dois se estranharam feio no últimos dias. Veja isso aqui.

Sabe o que me ocorreu? Esse negócio de jornalistas se acharem mais importantes do que tudo o mais, pode até estar condizente com a guerra de egos em redações ou na internet, mas isso é uma perda de tempo e energia sem tamanho, no meu modesto modo de ver a coisa. Sei lá, jornalista, blogueiro inclusive, faz um bem danado se contar direitinho o que sabe e opinar seguindo os fatos. O restante não passa de firulas.

Canal Gama destacou o vídeo da vereadora Sabrina Garcez.
Mais um assunto que me roubou vários minutos foi o vídeo da vereadora goianiense Sabrina Garcez (PMB), eleita no pleito do ano passado, cumprindo agora seu primeiro mandato. A jovem ainda, fazendo pronunciamento na Câmara Municipal de Goiânia, não se intimidou com as críticas que lhe foram feitas pelo também vereador de primeiro mandato, Jorge Kajuru (PRP). Realmente, “quem diz o que quer acaba ouvindo o que não quer”, conforme ensina a sabedoria popular.

Depois de ficar em decúbito dorsal pensando a respeito dessas grandes questões e de outras mais que não vêm ao caso, cheguei à conclusão de que perdi uma excelente oportunidade nesta tarde de me concentrar e dormir um tantinho mais, descansar, pois daqui a pouco chegará a segunda-feira e aí não haverá escapatória, terei que pegar no batente. Até porque, não sou parlamentar, muito menos uma autoridade qualquer que trabalha sob o regime “T-Q-Q”. Nunca ouviu falar disso não, internauta? Ah, quem pode trabalhar de terça-feira à quinta-feira. Coisa rara. Imagino mesmo que nem exista algo assim no Brasil.

E foi então que me vi animado a por fim à divagação dominical, colocar-me de pé, arranjar coragem e disposição no mais profundo do meu ser, mandar a preguiça às favas e fazer uma caminhada por algumas ruas e avenidas da “Capital da Fé”. Vou dizer uma coisa para você, internauta, valeu a pena deixar a vagareza de lado e sair andando por ali e por acolá. Afinal de contas, na hora de arranjar as confusões ninguém pediu minha opinião. Agora, eles é que se entendam, ora pois. E sem mais para o momento, boa semana, pessoal!


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