No Dia do Trabalhador é preciso lembrar dos desempregados

A economia brasileira mantém 14,4 milhões de desempregados, mas gera 10 novos bilionários





A economia brasileira está operando com um contingente de 14,4 milhões de trabalhadores desempregados no país. A taxa média de desemprego bateu em altíssimos 14,4%, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E neste sábado, 1º de Maio, data para se celebrar o Dia do Trabalhador, acaba sendo um tempo muito apropriado também para se refletir sobre o nosso sistema econômico que segue funcionando de tal modo a excluir um quantitativo equivalente às populações de Portugal (10,1 milhões) e Uruguai (3,5 milhões) somadas, na forma de desempregados, mas, simultaneamente, é capaz de gerar 10 novos bilionários, de acordo com levantamento realizado pela revista Forbes. É um absurdo total. E isso em plena pandemia da Covid-19. A economia não consegue incorporar trabalhadores em vagas formais, porém concentra a renda e a riqueza de uma forma tão aguda garantindo a inserção de empresário no seleto grupo dos detentores de patrimônios pessoais acima da casa do bilhão de dólares. Claro, o imbróglio político atual trava bastante, melhor dizendo, inviabiliza o debate em busca de soluções para essa deformação econômico-social tupiniquim. A formulação de políticas públicas direcionadas para a promoção do desenvolvimento com um toque de justiça social morre assim no nascedouro mesmo, por falta de um ambiente adequado e condições minimamente ideais para a empreitada. O desafio é grande para que os brasileiros possam ainda e de verdade celebrar o Dia do Trabalho enquanto milhões de conterrâneos permanecem do lado de fora da economia formal. E por essas e outras, parabéns aos trabalhadores do Brasil!


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