Algumas considerações sobre reforma administrativa na Prefeitura de Trindade.

O próprio Secretário de Finanças da Prefeitura Municipal de Trindade, Júnior Cabriny, em entrevista exclusiva para este blog (veja os posts abaixo), falou sobre a reforma administrativa que deverá ser feita pelo prefeito Jânio Darrot (PSDB), em breve. Adiantados estudos já foram realizados e o projeto a respeito da matéria não tardará a chegar à Câmara Municipal para as análises de praxe, discussões, negociações (políticas, evidentemente) e votações. 

Nessa reforma Secretarias deverão ser extintas ou rebaixadas para Superintendências. Hoje em dia, existem 22 Secretarias na Prefeitura de Trindade, legalmente falando. No entanto, o atual prefeito decidiu nomear titulares para 17 pastas, ou seja, ainda restam 5 outras Secretarias, caso se entenda conveniente expandir o secretariado municipal da "Capital da fé". Bem, felizmente a sinalização que se tem é justamente no sentido oposto: Reduzir mesmo a quantidade de Secretarias. Eis uma forma interessante de se pensar e que, se colocada em prática, fará um bem enorme aos cofres da municipalidade trindadense, diga-se.

A gente não entende muito bem o que deve estar sendo feito em algumas Secretarias que têm os respectivos titulares nomeados desde o primeiro dia de janeiro deste ano. Até porque, na verdade a composição de equipes de governos, na política brasileira, tem muito a ver com as conveniências próprias dos líderes partidárias que se unem nas campanhas eleitorais visando à conquista do poder. Os vencedores das pelejas eleitorais normalmente querem estar nos postos mais importantes da estrutura e ponto final. É essa impressão que se tem. Talvez a gente esteja equivocado. Pode ser. Será?

Retomando a prosa, no caso dessa reforma administrativa na Prefeitura de Trindade, porém, fico pensando que seria interessante que se preservasse a Secretaria Municipal de Comunicação Social. Sabe por quê, internauta curioso? É que Comunicação Social tornou-se algo extremamente importante para as corporações, grandes, pequenas e médias empresas. Organizações de qualquer natureza, na esfera privada e no setor público, atualmente se preocupam com isso: comunicar-se bem e claramente com o público, tanto internamente (funcionários, fornecedores e prestadores de serviços, por exemplo) como externamente (a sociedade em geral).

A Secom assessora diretamente o prefeito, deve ser a formuladora da política de comunicação da Prefeitura, um órgão capaz de cuidar o melhor possível da imagem institucional do poder Executivo municipal. Isso passa até mesmo pela atenção e cuidado especiais com a identidade visual seja de documentos públicos ou prédios da Administração. Trata-se de uma atividade da qual não se deve prescindir, sobretudo nos dias de hoje, em que os fatos e fofocas viram notícias no chamado tempo real, muito por obra e graça da agilidade das chamadas mídias sociais, twitter, instagram e facebook à frente.

A chamada assessoria de imprensa é apenas uma das atividades que se espera ser realizada pela Secom. Todavia, por aqui, muita gente pensa que Comunicação é apenas o lugar na Prefeitura onde são feitos os contatos com rádios, televisões, jornais e revistas, além dos sites na internet, a fim de se conquistar espaços na mídia. E todos sabem que isso custa dinheiro, dinheiro público, bem entendido. E essa é uma visão tacanha, simplista mesmo, das funções inerentes ao funcionamento de uma Comunicação Social dentro da Administração Pública, ouso afirmar.

Por essa razão, imagino que não seja lá muito boa ideia isso de se rebaixar a Secom para o nível de Superintendência, deixando meio subentendido que tais serviços podem ser realizados por um agência de publicidade. Acho que não. Inclusive penso que é justamente a Secom que deve ter um direito e obrigação legal de definir as linhas da chamada publicidade e/ou propaganda das ações e atividades do governo municipal. Afinal, é diferente matérias elogiosas publicadas por um e outro veículo da imprensa, das informações trabalhadas e divulgadas segundo critérios discutidos e definidos pela Secom.

É lógico que esse tipo de discussão rende pano pra manga, como se costuma dizer. Quando se está diante da possibilidade de alguém vir a perder o contracheque, sempre vem à tona aquela prática que valida o ditado popular: "Farinha pouca, meu pirão primeiro". Ou seja, ninguém fica quieto e contente sabendo que poderá perder espaço, o cargo mesmo, por causa de uma reforma administrativa. Daí, é preciso ficar atento durante os debates para conseguir separar "alhos de bugalhos" enquanto o debate acontece.

Loge deste blogueiro, podem apostar todas suas fichas, querer posar de o dono da verdade. Acima está apenas minha opinião sobre um dos inúmeros aspectos que certamente estarão na ordem do dia, caso seja mesmo apresentado projeto de lei reformando a administração pública municipal de Trindade.

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