Pensando por escrito a respeito da formação de chapas para prefeito nas eleições de ano

O prefeito é o nome a ser batido e aquele também que mais atrai gente disposta a ser seu vice



O nome a ser batido nas eleições de 2 de outubro deste ano, em Trindade, claro, é o do prefeito Jânio Darrot (PSDB), que deverá disputar a reeleição. Quem chega ao poder não abre mão de tal prerrogativa assim facilmente não. Até porque, há muita gente interessada em continuar confortavelmente instalada nos vários cargos comissionados, de confiança, na Prefeitura, o que é garantido por uma outra vitória do mesmo grupo. Isso, diga-se, não é nenhuma característica única da política da “Capital da Fé”. Certamente se verifica isso nos 5.570 municípios brasileiros e, evidentemente, nos 246 goianos também.

Instalado na chefia do Executivo trindadense desde janeiro de 2013, o prefeito Jânio Datto é, digamos, o “noivo” ideal com o qual sonham diversos políticos locais, dispostos a firmar parceria (matrimônio?) para ser o vice no pleito deste ano. Afinal, o prefeito tem o favoritismo pessoal por continuar sendo empresário bem sucedido, estar no poder com a caneta que nomeia e despede servidores, autoriza obras, efetua empenho e paga as contas. Isso é um trunfo e tanto, não é verdade?

Querendo ser vice do atual prefeito é possível encontrar vários políticos dispostos a ir para o “sacrifício”. Gleysson Cabriny (PSDB), atualmente o vice-prefeito, é um deste nomes naturais e certamente pretende continuar no posto para as eleições deste ano. No entanto, líderes de partidos da base de sustentação do prefeito entendem ser preciso discutir a formação da chapa a ser encabeçada por sua excelência Jânio Darrot na tentativa de conquistar mais 4 anos de mandato como chefe do Executivo municipal.

Todavia, nos últimos dias ouvi de mais de duas pessoas que o grande fiador político de Cabriny nas eleições de 2012, Padre Robson de Oliveira, quer agora se manter distante das eleições municipais deste ano, até porque, parece que as relações não andam tão estreitas como já foram um dia. E outro complicador é que o atual vice-prefeito é do mesmo partido que o do prefeito Jânio, ambos estão no PSDB. Tem gente da base argumentando que isso de chapa puro sangue é inconveniente para a disputa que se avizinha, e que não será nada fácil não.

Convém salientar que por trinta dias, a contar de 18 deste mês, os políticos brasileiros poderão trocar de partido à vontade sem medo de perder o mandato. Então, faz sentido a gente ficar observando a movimentação inclusive de Cabriny que, se quiser, pode migrar para outra legenda a fim de viabilizar seu projeto político. O convite para se transferir para o Democratas teria sido feito, mesmo assim é interessante lembrar que por lá já se encontra o ex-vereador Alexandre Compleite igualmente de olho nas eleições para prefeito da “Velha Trindade da Fé e do Amor”. Xadrez complicado é isso aí.

Nas fileiras do PSD local, ainda sob o comando do ex-prefeito Valdivino Chaves, percebe-se interesse em que haja discussão a respeito da formação da chapa de Jânio Darrot. Vale lembrar que há gente destacando a importância até de se escolher um candidato a vice originário da região Leste da cidade, chamada de Trindade 2. Líderes de partidos como o PP e PTB aliados de Darrot pensam da mesma forma, a saber, é preciso abrir os debates sobre a composição da nova chapa. Mas ninguém duvida que a coisa toda vai ocorrer é de acordo com a vontade do prefeito mesmo.

Particularmente, tenho a impressão que uma possibilidade a ser levada em conta é o prefeito Jânio escolher para seu vice alguém do PDT local. Uái, por quê? Ora, isso confirmaria menos um adversário na disputa. E alguém de peso, Flávia Morais, deputada federal, que está vivendo um bom momento na política estadual, com chances de se consolidar como líder goiana, vislumbrando até uma candidatura ao Senado Federal nas eleições de 2018. O risco para Flávia concorrer de novo à Prefeitura de Trindade e perder existe e, nessa hipótese, estaria se fragilizando na política regional. Ou seja, melhor evitar isso e indicar alguém de sua confiança como os vereadores Roni Ferreira ou Rafael Gratão para a vice. Claro que isso aqui é especulação pura deste blogueiro, com base no que tem ouvido e conversado nos bastidores da política trindadense.

Definir a chapa é só uma parte da preparação para o jogo, pois há os adversários também se movimentando conforme sabemos ou pensamos que estamos a par. Tem o deputado estadual Antonio Carlos (PMB), o ex-prefeito Ricardo Fortunato (PMDB), o Marcelo Curicas (PRB) estabelecendo conversações visando à composição de chapas competitivas para o comando do Executivo municipal. E quer saber um nome que tem sido paparicado pelos possíveis candidatos a prefeito de Trindade neste ano? O pastor Benjamin Martins, dos quadros da Igreja Assembleia de Deus, ali da Av. Coronel Anacleto. Viu só como essa conversa tem muitas variáveis?

O objetivo aqui não é cravar o nome dos candidatos a prefeito, menos dos respectivos vices. É só mesmo, por hora, mostrar um pouco do leque de opções que estão aí no “mercado” da política trindadense. Vamos ver com que “roupa” Jânio e Cia Ltda irão para a campanha deste ano.


Comentários