Trindade terá 19 vereadores a partir de 2021


Já nas eleições de outubro do ano que vem, os 81.150 eleitores trindadenses irão eleger em vez de 17, 19 vereadores

Plenário atual da Câmara de Trindade. (Foto: Reprodução)


Com uma população, hoje, do tamanho de 125.328 habitantes, segundo dados estimados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a “Capital da Fé” dos goianos, encravada no “Coração do Brasil, terá 19 vereadores, a partir de janeiro de 2021. Já nas eleições de outubro de 2020, em vez dos atuais 17 parlamentares, que se reúnem ordinariamente uma vez por semana, nas noites das segundas-feiras, no Plenário Hilton Monteiro da Rocha, na sede no Legislativo trindadense, no Jardim Primavera, serão eleitos 19 vereadores.

E com base em que a edilidade local decidiu pelo aumento de cadeiras na Câmara Municipal? Então, o Artigo 29 da Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, diz que “para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo” de vereadores. E no Inciso IV, alínea “f”, do citado artigo, o legislador escreveu que os municípios com uma população entre 120 mil e 160 mil habitantes, poderão ter o Legislativo municipal com até 19 vereadores. Aí o pessoal da política, que não é bobo nem nada, sempre joga com o limite máximo de representantes.

Para quem vai disputar as eleições é evidente que ter em jogo 19 cadeiras é melhor do que, digamos, 15 vagas. Agora, mais ou menos vereadores é bom para o município, principalmente para o público pagante de impostos? É de se duvidar que a resposta seja sim. Semelhante opção feita pelos vereadores beneficia mesmo os políticos que irão participar da peleja eleitoral, em busca dos votos necessários para se conquistar o mandato, lembrando que, em Trindade, nas eleições do ano passado, haviam 81.150 eleitores aptos a votar.

Este aumento de duas vagas na Câmara Municipal claro que terá reflexo para cima nas despesas públicas custeadas pelo contribuinte. Mais vereadores implica em mais espaço físico no plenário da Casa, nos gabinetes e respectivas estruturas de pessoal e utilização de material de expediente, combustíveis e por aí vai. Numa época em que só se ouve falar em crise fiscal nos governos federal e estadual, a medida destoa daquilo que se tornou imperativo, cortar gastos, economizar o máximo possível.

Realmente, o mundo da política funciona como que se estivesse dentro de um universo paralelo. Talvez seja este o motivo pelo qual os políticos vejam despencar dia a dia o conceito que as pessoas fazem a respeito da atuação daqueles que entram para a política. Mesmo se fosse algo absolutamente necessário aumentar a quantidade de vereadores, o momento recomenda justamente o contrário. Pois é, pois é, pois é.


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