Chovendo no molhado: É difícil encontrar vagas para estacionar no centro e Trindade.


Já falei aqui sobre a prática que vários comerciantes de Trindade estão adotando que é reservar espaço à frente dos seus estabelecimentos, na rua mesmo, para estacionamento. Ou seja, o local público passa, desse modo, a ter “dono” particular. A coisa é séria, mas a gente não percebe movimentação da Prefeitura Municipal em coibir esse tipo de ação e daqui a pouco estacionar na região central da “Capital da fé” será tão fácil quanto acertar as 6 dezenas da Mega-Sena.

Na terça-feira (10), à tarde, fui até uma panificadora próxima à Rodoviária, que trabalhão me deu para encontrar um local para estacionar. Parei diante de uma Casa de Carnes onde o pessoal coloca cones reservando espaço na rua diante daquele estabelecimento comercial. Claro que tive que empurrar o cone com o próprio carro para ter como deixar o veículo em segurança, descer e fazer umas pequenas compras. Veja bem como é que as coisas vão caminhando. Daqui a pouco a gente vai ter que pedir permissão para os “donos” das vagas de estacionamentos nas ruas de Trindade.

Já existe um outro costume também que é o de rebaixar as calçadas diante de pontos comerciais no centro da cidade. A gente até fica pensando se a Prefeitura realmente deu autorização para o sujeito fazer aquilo, mas a coisa está lá e depois de tudo pronto, não tem mais volta. O problema é que quando o proprietário rebaixa todo o meio-fio diante de seu estabelecimento as vagas para se estacionar passam a ser de uso exclusivo do local e dos clientes, evidentemente. Bacana isso, né? Daí, o distinto motorista pagador de impostos fica com cada vez menos opção para estacionar.

Quando vamos a supermercados ou praças geralmente aparece alguém “pedindo” para olhar o carro, em troca “do que sobrar”. Mas tem gente que até estipula o valor, digamos, “1 real aí, patrão”. Não vai demorar muito e vão propor a regularização da atividade de flanelinha no Brasil, uma vez que a coisa existe há muito tempo, todavia mais bota medo no cidadão do que confere segurança, vale dizer. E se o poder público deixa correr frouxo, nas grandes cidades brasileiras vigora um certo loteamento das ruas entre uma série de “guardadores” de carros. Reportagens da televisão já mostraram muito isso aí. O prejudicado? O cidadão comum, ora pois.

Mas retomando o principal ponto para terminarmos, que isso aqui já vai ficando desnecessariamente muito longo, convém a Prefeitura de Trindade sair dessa letargia em relação a este assunto, porque a permanecer como está, não demora muito para termos enormes dificuldades quanto a vagas de estacionamento nas ruas. Dizem que São Paulo não para por falta de lugar onde os motoristas estacionar seus carros. Do jeito que vamos indo, Trindade logo, logo, estará em situação semelhante.

Comentários