A violência urbana nossa de todo dia em Trindade

Novas cenas violentas na "Velha Trindade da fé e do amor"


A quarta-feira (15) trouxe consigo notícias ruins logo cedo. Trabalhador é morto no local de trabalho por ter reagido a um assalto em Trindade na noite dessa terça-feira (14). Ouço relatos também de casas de famílias assaltadas no mesmo dia. É a bandidagem em ação, na "Capital da fé" e no pós-Romaria 2015. Sensação de insegurança pública se torna cada vez mais algo presente nas vidas de todos nós, não há como negar, embora haja quem diga que isso seja apenas decorrência do noticiário que destaca o "trabalho" dos marginais, sempre mais ousados e abusados nas suas ações, perpetrando crimes à luz do sol mesmo ou na presença de quem quer que seja, um estabelecimento comercial de portas abertas e com clientes, por exemplo. Fazer o quê? Misericórdia, Divino Pai Eterno!

E o interessante é que as pessoas estão assimilando tão bem o absurdo de ser assaltado ou estar permanentemente exposto à ação de bandidos assim que é comum ouvir orientações sobre como agir ao ser alvo dessa modalidade criminal. Ou seja, criou-se uma espécie de "boa conduta" da vítima de assaltos. Ou seja, ao ouvir a voz de assalto o "Mané" deve entregar tudo que o bandido covardemente lhe está exigindo e até mais. A boa vítima precisa manter-se calma, evitar quaisquer gestos que possam sugerir reação. E é bom mesmo que o assaltado, roubado, humilhado, consiga ficar "de boa" numa situação dessas para não morrer e virar número na estatística da violência urbana nacional que contradita implacavelmente isso de brasileiro, um "homem cordial".

É, a coisa está é feia para quem opta por viver de forma correta, segundo as leis humanas em vigor ou os mandamentos religiosos, que recomendam amar o próximo. O sujeito está em casa e vem um bandido e o violenta; o cara está no trabalho e lá vem o marginal lhe apontando arma, surrupiando-lhe coisas materiais e, não raras vezes, tirando-lhe a vida. Mas o pior de tudo é notar que existem segmentos da sociedade que, na prática, se importam pouco com essas coisas. Fica assim combinado que se o sujeito é pobre e decide tornar-se marginal a culpa é da sociedade e dane-se o camarada que tiver a má sina de cruzar o caminho de um bandido assim. 

Na minha modestíssima visão, a sociedade não devia negligenciar de maneira alguma com qualquer pessoa que tentasse contra a vida humana. Veja bem, falo aqui daquela séria ameaça à integridade da vida do sujeito. Isso mostraria a todos que realmente não se aceita esse negócio de matar, sequestrar, raptar, torturar, enfim um ser humano. Afinal, o que é mais importante para qualquer um o patrimônio ou a vida? Patrimônio, por mais valioso que seja, tem ou pode ter retorno; já a vida...

E não faz muitos dias que grande parte da população de Trindade estava às voltas com as atividades relacionadas à celebração da fé e devoção ao Divino Pai Eterno (Deus), vale lembrar. Nem bem termina o espetáculo de amor ao Pai e volta ao palco da vida cenas de uma violência desmedida, uma brutalidade irracional, baseada numa covardia aterrorizante que sempre está presente em roubos à mão armada, inúmeras vezes, seguidos de assassinatos a sangue frio. Como viver ou sobreviver tornou-se perigoso nos dias atuais.



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