Outro acidente na rotatória da Avenida Raimundo de Aquino

Manhã de terça-feira (30) e veículos se esbarram num trânsito em que cada condutor pensa que a “preferência é dele”

Rotatória tem sido palco de acidentes. (Foto: Reprodução)


E não é que na manhã desta terça-feira (30), na rotatória das avenidas Raimundo de Aquino e Rondônia ocorreu mais um acidente automobilístico, felizmente, sem vítimas. Apenas carros danificados mesmo, menos mal. Na quinta-feira (25) da semana passada, dois carros bateram enquanto transitavam pelo local, um dos veículos entrou em disparada no Posto de Combustíveis atropelando dois funcionários e um deles não resistiu aos ferimentos e morreu.

O episódio trágico por si deveria, sabe-se lá, provocar algum movimento no pessoal que tem a responsabilidade de cuidar do trânsito nas ruas e avenidas da “Capital da Fé”, talvez fazendo uma campanha aí de conscientização de condutores em geral, mas reina o silêncio e segue tudo como dantes no quartel de Abrantes, como se diz.

Apesar da inércia institucional, há pessoas que se preocupam com a situação, e não é de hoje. Faz tempo que converso a respeito com o Eduardo Alves, cantor, advogado e bancário, mas também já atuou como Agente de Trânsito no Distrito Federal. Qual tem sido ponto de bate-papo? Ora, a velha discussão sobre “de quem é a preferência ao transitar por rotárias?” E a resposta é simples, isso não existe. Há sinal de pare para todos, mas não raras vezes isso é totalmente ignorado pelos mais apressadinhos e aventureiros. “Sempre quando falo do desrespeito ao sinal de regulamentação PARE arrumo confusão, pois goiano acredita que a preferência na rotatória é do veículo mais veloz e enquanto as autoridades não cumprirem a lei, para autuar e mandar sete pontos na carteira do motorista, isso não mudará”, comenta.

Um dos pontos, digamos, mais enroscados do trânsito na região central de Trindade talvez seja a rotatória na Avenida Manoel Monteiro, em frente a Agência do Banco do Brasil. O fluxo de veículos de todos os tipos e tamanhos é intensivo ao longo de todo o dia e o comportamento dos condutores segue a regra da “preferência é minha”. Eduardo Alves costuma mencionar que o local tem proteção especial. “A rotatória em frente ao banco do Brasil só pode ser protegida por Nossa Senhora da Rotatória, cada absurdo de excesso de velocidade de caminhões e ônibus”, pontua.

Por essas e outras a gente é levado a pensar que os responsáveis pelo trânsito nessa terra onde viveram Ana Rosa e Constantino Xavier precisam tomar outra postura na fiscalização do ir e vir das pessoas motorizadas pela cidade. A coisa é muito séria e o que não definitivamente é fechar os olhos para essa realidade sob pena de que haja mais e mais acidentes. E vamos voltar a este assunto, com certeza.


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