Festival Gastronômico de Trindade atrai multidões, mas há pontos a serem melhorados

Três dias com grande público provando que o local do evento foi uma escolha acertada pelos organizadores e é preciso melhorar o atendimento principalmente no bar

Grande público prestigiou o festival no fim de semana.

Vamos logo deixando claro que ninguém, principalmente os caras da Prefeitura de Trindade, me perguntou o que achei ou deixei de achar do Festival Gastronômico de Trindade, em sua nona edição, realizada no final de semana passado, entre os dias 25 e 27 de agosto. Mas aqui neste espaço fazemos mesmo assim, vamos dando pitacos em assuntos que achamos interessantes conversar um tiquinho a mais. Andemos, ora pois.

Um evento feito pela Prefeitura, bancado por dinheiro dinheiro público, em espaço físico igualmente público, porém com estacionamento sem estrutura, cobrando a bagatela de R$ 20,00 por veículo, entendemos que não tem nada a ver. O grande fluxo de pessoas, multidão de gente atraída durante o evento, mostrou que a escolha do local, o Carreiródromo Ada Cira, foi acertada. A Praça Constantino Xavier, no centro da cidade, não comporta mais este tipo de realização com grande apelo público. Matéria no site Prefeitura fala em 62 mil pessoas como sendo o público durante o festival, mas como foram contados os frequentadores ninguém conta. Na entrada não havia catracas nem algo parecido, mas há coisas que a pouca inteligência da gente não alcança mesmo. Pois é, pois é, pois é.

Não fizemos curso de culinária algum, mas o paladar vai bem, obrigado. Logo, quando saboreamos aquelas iguarias à base de mandioca e carne de porco servidas pelos 30 expositores, ao final temos uma opinião formada, gostamos, não gostamos ou tanto faz. Isso tudo para dizer que no cardápio não vimos assim um prato baseado em novidade, pois arroz de carreteiro, crepes, costelinha, batatinha frita, sanduíches e “outras cositas más”, não é difícil de se encontrar no dia a dia. Mas no que interessa de verdade, o sabor dos pratos estava bem bom mesmo.

O atendimento foi bastante tumultuado para se comprar comidas e principalmente bebidas. Adquirir fichas de bebidas não foi tarefa fácil não. Basta notar as enormes filas formadas pelas pessoas nos momentos de maior movimentação. Vale lembrar ainda que o festival estava pulsando, e no entanto, já havia expositor informando que a comida ali havia acabado, frustrando expectativas. Uma amiga queria porque queria degustar costelinha com barbecue e o Alceu Valença nem havia começado a cantar, mas o produto já tinha acabado. Até o sinal de internet não era dos melhores para as maquininhas de cartões. Na limitada forma de entendimento da gente aqui na planície, como dizia o saudoso Bussunda, “assim não dá, assim não pode”.

Os shows no enorme palco até parecido com aquele da apresentação da Maiara & Maraisa, na modesta visão deste que vos escreve, dos consagrados cantores Zeca baleiro (25), abrindo o festival, e Alceu Valença (27), fechando o evento gastronômico da “Capital da Fé”, foram pontos altos do evento. Daí a importância de se conseguir grandes patrocinadores para este tipo de empreitada. Ponto para a gestão do secretário de Turismo e Cultura, Warley Lopes. Tomara que no próximo ano tenhamos novas atrações de iguais relevâncias, contudo seria interessante melhorar a qualidade técnica do som. Ah, sim! Também não fizemos cursos de som para grandes eventos, mas o ouvido até que não está tão ruim assim. Só isso mesmo.

No mais, tomara que a décima edição do festival aprimore alguns pontos e continue atraindo grande público, consolidando-se como importante realização do circuito goiano de eventos, despertando maior interesse e participação das empresas locais inclusive como patrocinadoras do evento. O público, ninguém duvida, já aprovou a iniciativa e ano a ano prestigia os realizadores, expositores e artistas locais e visitantes que botam este espetáculo em cartaz. É isso aí.


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