Sobre empreendedores em Trindade


Dia desses estava conversando com um amigo trindadense sobre como tinha sido o fim de semana e ele me disse que, juntamente com um outro casal de amigos, foi jantar em Palmeiras de Goiás, na sexta-feira (7). É que lá na terra natal do governador Marconi Perillo tem restaurante muito bacana, que faz um bacalhau capaz de fazer o sujeito esquecer da dieta, fiquei sabendo. Coisa bem-feita mesmo, me garantiu este meu chegado, acrescentando que não é caro não.

E a distância entre Trindade e Palmeiras de Goiás não é grande coisa não. Se não estou enganado deve ser, no máximo, uns 56 quilômetros que separam as duas cidades. A pista da rodovia GO 050 até não está assim tão esburacada e, com tranquilidade, é possível percorrer esse trajeto, sem correria nenhuma, gastando menos de uma hora, com certeza. Logo, eis aí um passeio perfeitamente possível de ser encarado numa boa para o trindadense.

Mas isso me fez pensar no por quê de não termos bons restaurantes, churrascarias, lanchonetes e por aí vai, em Trindade. Quanto tempo demorou para pintar uma panificadora bacana no centro da “Capital da fé”, não é verdade? O mesmo se pode dizer a respeito do Girafas que tardou para dar o ar da graça em Trindade. Mas ainda não há McDonald nem Bobbys ou similiares na cidade que é sim um grande centro de atração de turistas no Centro-Oeste brasileiro.

Continuo ainda intrigado, pois ao redor da Praça Constantino Xavier, no centro da cidade, onde está (não deveria mais, na minha opinião) a sede da Prefeitura Municipal, existem terrenos vazios e construções velhas. Quer dizer, falta algum empreendedor encarar o desafio de montar um negócio qualquer por ali. Enquanto isso não aparece, a gente já se cansou de ouvir dizer que aquele belo logradouro público está se tornando ponto de consumo de “otras cositas” principalmente pelos jovens. Lamentável, mas isso é outro assunto.

Tenho reparado que falta inclusive um boteco bem arrumado na região central da cidade. Dê só uma espiada no que temos para ofertar aos turistas em termos de diversão. Estranho muito isso porque a gente sabe que a “oferta cria a própria demanda”, não é verdade? Os caras vêm até a “Capital da fé” em nome da devoção ao Divino Pai Eterno, mas a gente não percebe nem mesmo a existência de algum evento ou programação religiosa especial para segurar o devoto por aqui, além das missas nos horários e locais tradicionais.

Lógico que não estou aqui desmerecendo o trabalho de quem investiu e está aí no mercado trabalhando duro pelo “pão de todo dia”. Só estou pontuando algo de que sinto falta atualmente, uma maior disposição nos homens e mulheres de negócios da “Capital da fé” para empreender mais no comércio e no segmento da prestação de serviços em Trindade.

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