Prefeito de Trindade na Televisão

Marden Jr fala sobre o novo decreto com as medidas menos restritivas





O decreto mais light publicado ontem pelo prefeito Marden Jr (Patriota) estabelecendo restrições ao funcionamento da economia trindadense, foi pauta do JA/TV Anhanguera, nesta segunda-feira (8). O prefeito falou ao vivo com o repórter e apresentador Fábio castro a respeito das medidas menos rigorosas que permitem a celebração de cultos religiosos e das academias de ginástica também, dentre outras permissões, no contexto do aumento dos casos de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus e da inexistência de leitos de UTI suficientes e disponíveis não apenas em Trindade, mas em todo o estado. Transcrevemos os principais trechos a seguir.

Fábio Castro “Por que Trindade não quis seguir Aparecida e Goiânia?”
Marden Jr “Não temos como fechar uma loja, por exemplo, e deixar os ônibus da maneira que está. Buscamos aqui a viabilidade da fiscalização em Trindade. Temos medidas duras como, por exemplo, multas para quem realiza festas em casas que vão até cinco vezes o valor do próprio IPTU daquela residência. São ações como essas que nós colocamos em prática aqui. Não adianta você criar uma estrutura e não conseguir fiscalizar. O nosso decreto foi feito baseado na situação real que nós estamos vivendo e, mais do que isso, na situação real que a fiscalização que nós temos aqui em Trindade.

Fábio Castro “Mas como é que está a situação aí de casos em Trindade?” Marden Jr “Hoje, Ativos, nós temos 354 casos ativos na cidade. Nós temos 11 em leitos de UTI e temos 34 em leitos de enfermaria. O número teve uma crescente grande, mas nós estamos fazendo a testagem das pessoas aqui na cidade, em 15 minutos saem os resultados e as pessoas já são atendidas pelo médico no local e já saem com a medicação em mãos do local. É uma medida de contenção, de um atendimento mais rápido possível para que ela possa ter esse atendimento e que não possa chegar na UTI. A gente já faz um atendimento já precoce nesse primeiro instante.

Fábio Castro “Não consigo imagem que Trindade possa ser uma ilha diante desse caos que estamos vivendo em relação a casos, a uma explosão de casos de Covid”.
Marden Jr “Tanto é que ela não é uma ilha. Por isso nós estivemos nas reuniões juntos, nos desenvolvemos… O que adianta, por exemplo, falar que o ônibus ficar só com pessoas sentadas se não está acontecendo na prática, se não viabilidade de fiscalização? Temos que fiscalizar. A intensidade está alta, mas também não podemos ter hipocrisia no sentido de cobrar algo que a gente não consegue fiscalizar. Nosso trabalho de rua, com conscientização da população, está sendo muito bem-feito, aumentamos os nossos leitos, mas, também, nós estamos buscando a fiscalização e um decreto que seja também compatível com as nossas realidades aqui na cidade. A questão das igrejas. Goiânia e Aparecida também seguem com 10%. Trindade a 20%. Nós tivemos o movimento das academias aqui solicitando essa abertura em 20%, que foi justamente o exercício físico em prol do Covid”.

Fábio Castro “Queria só ver como é que vão controlar isso. Controlar 10%, controlar 20%. Queria ver isso na prática, mas na prática mesmo, está dando certo”.
Marden Jr “Exatamente. Eu que agradeço e estamos aqui sempre à disposição e, sem dúvida nenhuma, um decreto que vai em condição da realidade da população aqui de Trindade”.

Comentário
Ficamos assim, na declaração do prefeito, o Executivo da “Capital da Fé” não tem condições de fiscalizar tudo, então, teremos medidas menos rigorosas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 200 trindadenses, vale pontuar. Realmente, fechar comércio, indústria, os prestadores de serviços e deixar os ônibus circulando lotados, causando aglomeração de pessoas nos terminais de embarques, além de contraditório, representa um tratamento privilegiado em relação aos demais setores da economia, estabelecimentos comerciais, por exemplo. Considerando isso, é importante notar que a Prefeitura tem a obrigação de fiscalizar o funcionamento da cidade. Não pode simplesmente lavar as mãos e dizer que não tem como fiscalizar e por isso não adotará medidas mas rígidas. A gente que olha daqui da planície não tem a visão privilegiada nem está no olho do furacão recebendo pressões de todo lado, casos do prefeito e secretários, mas somos levados a concluir que essas restrições deviam ser comuns nos municípios de Trindade, Goiânia e Aparecida de Goiânia. Puxando pela memória, neste caso dos ônibus apinhados de passageiros, algum dia a Prefeitura se ocupou do problema? A hora é agora, a gente acredita.

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