Também em Trindade a pandemia é muito grave

Trindade está com hospitais lotados de pacientes da Covid-19 e mais de duas centenas de mortos pela doença 


O quadro acima do Gabinete de Operação Emergência em Saúde da Prefeitura de Trindade, desta quinta-feira (11), informa que já foram registrados 212 mortes de pessoas provocadas pela Covid-19, em meio a 5.838 casos de indivíduos contaminados pelo novo Coronavírus. Há relatos preocupantes de profissionais do sistema de Saúde local cujos hospitais encontram-se funcionando no limite da capacidade instalada, onde se tem 41 pacientes em enfermarias e 11 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

A situação é dramática na rede hospitalar e fora dela também, pois a todo momento surgem pressões para se retirar as medidas restritivas (diferente de lockdown) das atividades não essenciais, adotadas numa tentativa de se diminuir a circulação de pessoas, promovendo o distanciamento social como forma de se combater a proliferação do vírus agora em novas cepas mais poderosas, infectando mais gente, matando mais pessoas no país inteiro e em Trindade inclusive.

Os comerciantes,  prestadores de serviços  industriais, ambulantes, feirantes, enfim, todo mundo quer abrir os estabelecimentos, retomar as atividades, as contas vencem e como pagá-las sem faturamento, sem salários? Os governos têm se atentado pouco para este aspecto e deixando muito a desejar no quesito amparo ao povo, vale dizer. E ainda vemos as empresas do transporte coletivo operando em terminais com aglomeração de pessoas e ônibus lotados de passageiros, algo contraditório se o objetivo verdadeiro for mesmo evitar o contágio pelo vírus.

O ritmo da vacinação contra a Covid-19 no país inteiro está lento demais de conta frente à vertiginosa propagação da doença. Faltam vacinas suficientes para imunizar a população e, no meio disso tudo, percebe-se que muitas pessoas ainda teimam em minimizar a força deletéria da pandemia e seguem aglomerando até mesmo em festas privadas, conforme se vê no noticiário.

Chegou a hora das autoridades e líderes da sociedade organizada realizarem um diálogo mais eficiente, produtivo mesmo para que haja mais compreensão de todos da gravidade do momento. Basta de esperar pelo "milagre" da imunização do rebanho via contaminação do máximo de brasileiros na esperança de que todos estarão a salvo. Na vida real o que temos são hospitais sem vagas em UTI, enfermarias lotadas, já se fala inclusive na possibilidade de eclodir uma impensável crise funerária! A situação é seriíssima, gente!

É preciso mais colaboração de todos no ficar em casa, respeitar de verdade o distanciamento social e todas aquelas práticas de amplo conhecimento (higiene e mãos sempre limpas e desinfectadas). Na boa, toda atividade útil ao bem-estar das pessoas é essencial, mas a essencialidade raiz está em manter, preservar a vida.

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