A água do Córrego Arrozal diminuiu muito neste período de estiagem

Saneago informa que a vazão reduzida afeta a captação de água para abastecimento público


Nível das águas do Córrego Arrozal em Trindade é preocupante.


Lá pelas bandas do Facebook, mais precisamente no perfil do Max Cabeça ficamos sabendo, hoje, da existência de problemas na captação de água em Trindade, no Córrego Arrozal, na Estação de Tratamento. Max escreveu: “Bom dia, a água lá da captação da Saneago acabou”.

O assunto é muito sério, pois a sequidão dos últimos meses, a estiagem até normal para esta época do ano, por si só, vem diminuindo as águas dos mananciais de onde a Saneamento de Goiás (Saneago) coleta água para, depois de todos os cuidados necessários, distribuí-la para o consumo das famílias e demais usuários locais do setor de serviços, comércio e indústria.

Fizemos contato via Twitter com a Saneago perguntado se realmente há problema na captação de água em Trindade. A estatal goiana informou que “o Córrego Arrozal, que abastece parte de Trindade, está com a vazão reduzida, afetando a captação de água para abastecimento público”. Daí fomos ao local da captação e constatamos que realmente o nível da água está muito baixo, tornando absolutamente necessária a adoção de algumas medidas por parte da empresa e também, evidentemente, pela população.

A Saneago informa que “está tomando as medidas possíveis para amenizar a situação, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, para reduzir a captação irregular”. Isso precisa ser combatido com muito rigor, é importante dizer. Vale lembrar, em tempo, que no município há indústrias, digamos, cujo consumo de água é intensivo (fábricas de refrigerantes, por exemplo), além de lavouras também. Logo, a saída é gastar o mínimo possível de água. E a parte que caberá à população, não há como fugir disso, é sim, economizar água nas residências também.

Por muito tempo vivemos com aquela ideia bastante difundida de que água é um recurso natural renovável e inesgotável. Hoje em dia ninguém duvida de que a coisa não é bem assim, longe disso. Córregos, riachos e rios antes caudalosos por este Brasil de meu Deus estão sumindo do mapa, certamente por uso desmedido, além das agressões perpetradas pelo bicho homem. Só para se ter uma noção, conversamos com várias pessoas que estiveram no Rio Araguaia nos últimos dias e percebemos como unanimidade nas declarações: “o rio está baixo demais da conta!”

Pois é, pois é, pois é. Trindade não dispõe de rios ou grandes córregos, sabemos todos. O abastecimento de água para os cerca de 121.266 habitantes, segundo dados estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para este ano, acontece com a “importação” de água da bacia do Ribeirão João Leite, de Goiânia. Eis uma forte razão para que tenhamos o consumo de água aqui na “Capital da Fé” sob vigilância, evitando todo e qualquer desperdício, aplicando maior racionalidade no uso diário. Lavar calçadas todo dia, dar um trato no carro, regar plantas, isso deve ser repensado urgentemente.

Agora, retomando o fio da meada para terminar esta notinha, tomara que “as medidas possíveis para amenizar a situação”, de acordo com a Saneago, evitem o desabastecimento de água, pois isso é terrível. Nestes dias quentes e secos então, nem se fala. Por essas e outras, sugerimos ao povo da “Velha Trindade da Fé e do Amor”, que inclua a economia de água entre as prioridades do momento. Ah, sim! Felizmente, Max e amigo internauta, a água ainda não acabou. A luz amarela (Atenção!), contudo, está acesa. É hora de evitar desperdícios, gente.


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