Festas clandestinas exigem atenção permanente dos policiais em Trindade

Missão difícil essa dos policiais militares e civis também que precisam estar feito escoteiros (sempre alerta!) enquanto as pessoas buscam por diversão.


Imagem ilustrativa extraída do 94fm.com.br


Os caras se organizam, alugam preferencialmente uma chácara, mobilizam a galera utilizando o Whats App, e vem aí mais uma balada boa. Curiosamente, nos convites o local da peleja fica sempre para ser divulgado na última hora. Pessoal que trabalha com segurança pública costuma chamar isso aí de “festa clandestina”, pois no geral inexistem autorizações do poder público (da polícia, principalmente), e onde a probabilidade de acontecer coisa que não presta é sempre muito alta.

Espécie de nitroglicerina ambulante, o sujeito com umas (e bota umas nisso!) e outras na cachola, digamos, cerveja, cachaça, whisky, vodka e, como ignorar, até “otras cositas más”, começa a se achar o tal e por qualquer “me dá cá essa palha” o circo pega fogo. Temos visto muita lambança com final trágico inclusive, ocorrendo por todo lugar, com gente jovem reunida e até uns nem tanto assim também, seguindo, mais ou menos, esse roteiro cujo epílogo, não raras vezes, conta com “um corpo estendido no chão” quando fecham-se as cortinas. Para desespero de alguma família, infelizmente.

Conversava, dia desses, com um policial experiente que fazia o relato das dificuldades enfrentadas semana sim e outra também com o objetivo de se dificultar a realização de festinhas desse tipo no município. Por quê manter o local da festa em sigilo até o último momento? Por quê não dar conhecimento às autoridades policiais? Essas duas perguntas me foram apresentadas pelo meu interlocutor. Realmente, é de se estranhar semelhante tipo de comportamento quando levamos em conta o anseio de todos hoje em dia por mais segurança nestes tempos inseguros demais da conta.

No início do mês de maio deste ano, vale lembrar, houve reunião do comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar de Goiás (BPM-GO), Major Ênio José Carlos Hans, com secretários municipais, para tratar da reformulação dos critérios observados na liberação de eventos em Trindade. Agora há um padrão a ser seguido por aqueles que querem realizar uma festa qualquer. São exigidos documentos dos órgãos municipais que cuidam de Posturas e Meio Ambiente, bem como do Corpo de Bombeiros e, claro, da Polícia Militar. Seguindo isso, o evento acontece conforme manda o figurino.

No entanto, o problema é com as festas realizadas em locais inadequados, sem proteção acústica e algumas vezes inclusive em pontos residenciais. E nestes casos o barulho incomoda a vizinhança que reclama e com razão. Os “festeiros” e até o proprietário do estabelecimento utilizado cometem assim infrações, vale destacar. E mais um motivo para se preocupar é que em ocasiões desse tipo existe uma possibilidade considerável de se ter drogas ilícitas circulando entre os participantes e, dentre estes, inclusive menores de idade.

Importante destacar que não se está diante de uma invenção goiana, esse negócio de festa clandestina. Numa rápida consulta na internet, me deparei com a idêntico problema enfrentado pela Segurança Pública no interior de São Paulo, em Fernandópolis, numa matéria de 20 de junho deste ano, reportando a “declaração de guerra” da polícia daquela região às festas clandestinas também em chácaras e sítios. E mais, a Câmara Municipal de Bauru realizou Audiência Pública recentemente a respeito de festas clandestinas naquele município. Ou seja, temos aí um problema que certamente ocorre em diversas localidades por este Brasil de meu Deus do qual Trindade faz parte.

Tomara que a Polícia Militar consiga coibir este tipo de evento por aqui e, claro, que os organizadores de festas levem adiante suas realizações conforme disciplinam as normas em vigor, inclusive e principalmente, para a segurança de todos. Festejar é sempre muito bom, num ambiente seguro, alegre e com gente de bem então, vixe! Missão difícil essa dos policiais militares e civis também que precisam estar feito escoteiros (sempre alerta!) enquanto as pessoas buscam por diversão.


Comentários

Anônimo disse…
Com tanto dinheiro clandestino nos apartamentos de políticos, uma festinha aqui e outra ali, não faz mal algum .....