Operação apreende mais de 8 toneladas de carnes impróprias para o consumo em estabelecimentos de Trindade e Campestre de Goiás

Foram lavrados autos de infração, de apreensão, notificação e realizadas duas prisões em flagrante e uma interdição


Na entrevista coletiva estiveram Rômulo Corrêa de Paula, coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) do Consumidor (Ministério Público); Patrícia Adriana Ribeiro Barbosa e Francisco Bandeira, promotores de Justiça que atuam em Trindade; Darlene Costa Azevedo Araújo, superintendente do Procon Goiás; Paulo Roberto Viana Filho, fiscal da Agrodefesa; Hélio Pinheiro, coordenador da Vigilância Sanitária de Trindade. São ainda parceiros nesta ação, a Superintendência Estadual de Vigilância Sanitária, as Polícias Civil e Militar, além da Superintendência de Polícia Técnico-Científica. (Foto: karine Almeida)


Demos notinha no dia 3 (Aqui) a respeito da Operação de Combate à Comercialização de Carne clandestina em Goiás, mais especificamente em Trindade e região, logo no primeiro dia de trabalho de um verdadeiro batalhão de agentes públicos que deram várias incertas pelo comércio da “Capital da Fé” e até em Campestre de Goiás.

Bem, mas a coisa toda foi assim. A ação aconteceu entre os dias 3 e 6 deste mês, foi coordenada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), em conjunto com vários órgãos fiscalizadores da Prefeitura de Trindade e do Estado, como a Vigilância Sanitária, a Agrodefesa e o Procon. Foram apreendidas algo como 8 toneladas de produtos de origem animal, considerados impróprios para o consumo humano, em 80 estabelecimentos de Trindade e da vizinha Campestre de Goiás.

Segundo balanço das atividades divulgado, em meio aos 8,5 mil Kg de produtos de origem animal apreendidos, havia pescados também. Os dados são da Agrodefesa, Superintendência Estadual de Vigilância em Saúde (SUVISA) e Vigilância Municipal. O Procon Goiás lavrou 32 autos de infração/termos de notificação, além de 20 autos de apreensão, tendo sido apreendidos ainda 1.920 itens, referentes a 1.352,8 litros de produtos líquidos e 222 Kg de produtos sólidos e nada disso era apropriado ao uso e ou consumo humano. Efetuaram também duas prisões em flagrante e uma interdição.

Hélio Pinheiro, da Vigilância Sanitária (Trindade), salienta que “carne sem procedência, pode ser oriunda de animal que morreu de morte natural, doente, sem vacina ou produto de furto, que são desossados em qualquer lugar sem higiene”. Tudo a ver com abate clandestino, diga-se. Pinheiro lembra ainda que “mais de 30 doenças podem ser transmitidas ao ser humano, caso consuma carne contaminada”.

A operação combateu assim o abate e a comercialização de produtos de origem animal clandestinos, sem, portanto, a inspeção necessária ou rotulagem, bem como prazo de validade vencido, fora dos padrões de higiene e outras irregularidades que comprometem a qualidade destes itens do cardápio dos habitantes deste “Coração do Brasil”, recomendando que tais alimentos não sejam usados ou consumidos por humanos.

Tudo que foi apreendido teve como destino final o descarte no aterro sanitário, lembrando, a propósito, que os estabelecimentos fiscalizados podem apresentar defesa e terão a oportunidade de se adequar, mas continuarão sendo monitorados pela fiscalização local.

Ah, sim! Técnicos do Procon Goiás aproveitaram para realizar visitas a 20 Postos de Combustíveis na região. Foram coletadas 19 amostras de combustíveis e preços cobrados pelos estabelecimentos para posterior análise pelo órgão de defesa do consumidor. É isso aí!


Comentários