Sobre o barulho nas cidades deste Brasil de meu Deus.


Hoje em algum telejornal, não me lembro bem se foi no Bom Dia Brasil da Rede Globo, assisti a uma matéria sobre barulho nas grandes cidades. E a zoeira em questão é aquela provocada por gente nos bares, restaurantes, churrascarias, boates, enfim, onde os caras mandam ver nas músicas geralmente em volumes altamente proibitivos para a boa saúde auditiva do sujeito normal, dentre outros sons também. Vale dizer, que isso não ocorre só nas grandes cidades, mas, sim, nas cidades em geral na atualidade.

E todo mundo sabe muito bem que qualquer barulho ganha enormes proporções durante a noite. Durante o dia aquele pinga-pinga da torneira lá na pia da cozinha passa batido e quase ninguém reclama. Uma muriçoca zunindo por perto da gente ao meio-dia, incomoda, porém vamos levando numa boa. Mas chega a noite e todo mundo passa a achar qualquer um desses acontecimentos como sendo algo insuportável, que chega a atrapalhar a pessoa dormir direito, não é verdade?

Agora, pense bem em se tratando de um ajuntamento de pessoas fumando, bebendo cerveja, uísque e “otras cositas más”, conversando alto e, evidentemente, a música, um funk carioca ou sertanejo universitário, quem sabe o mais recente hit do axé music, e lá nas grimpas, fazendo o chão tremer, a poucos metros da sua casa. Logo, da sua cama também. Eita, que a coisa não é brinquedo não. É justamente isso que moradores vizinhos de estabelecimentos assim reclamam demais da conta. E com razão, acrescento eu.

Neste momento, por exemplo, está havendo um show, um evento, no Ginásio de Esportes Amando Grecco, na Avenida Manoel Monteiro, centro de Trindade. E hoje é Dia do Trabalho, feriado nacional, data propícia para festejos barulhentos mesmo. Parece que a coisa está acontecendo aqui do lado da minha casa, que fica bem a uns 800 metros do local. Vale lembrar, em tempo, que como abriram uma boate na mesma rua em que eu moro, sempre que aquela casa de shows está funcionando, percebe-se a movimentação maior de carros passando a toda velocidade e invariavelmente com o som bem alto, tipo assim, de estourar os tímpanos da gente diante do nosso “lar doce lar”. E nas madrugadas da vida, pior.

Claro que é bacana eventos musicais, as baladas, as reuniões de amigos bebendo mesmo que seja numa loja de conveniência de posto de combustíveis, isso faz parte da vida social. É legal mesmo. Agora, precisa também que neguinho pense que não está sozinho no mundo e que tem muitas outras pessoas ao redor e que não se encontram, diria, na mesma “vibe”. Então, penso eu, seria interessante curtir, festejar, celebrar, badalar, enfim, aproveitar a vida, sem no entanto causar desconforto para outras pessoas, seus semelhantes igualmente pagadores de impostos e tributos mil. Ou será que isso é algo impossível de ser feito?

Ah, lembrei-me! A reportagem foi mesmo apresentada no Bom Dia Brasil de hoje mesmo. Eis o link aí ó! ~> http://migre.me/j1zAT


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