Trindade cheia de gente de fora, os turistas.


Pois é, meu amigo e minha amiga. Ontem à noite, ali pelas 21 horas, dei uma saracoteada pelas ruas centrais de Trindade e vi que o movimento estava bom toda vida. Ah, se eu tivesse uma Pousada... Pensei na hora, mas rapidamente imaginei coisa menos trabalhosa para cuidar. Aqui na cidade, ultimamente, qualquer casa grande é reformada e dá lugar a este tipo de estabelecimento. Melhor continuar com a prosa no rumo certo, ora essa. Os principais bares da região central estavam lotados. É a movimentação típica do fim de semana com um público formado por turistas religiosos, porém vitaminada pela presença do pessoal que veio assistir à etapa do Mundial de Motocross que está sendo disputada neste fim de semana da Independência, aqui na “Capital da fé”, no coração do Brasil.

Mais cedo um pouco, início da noite, estava fazendo uma caminhada e passei ali no estacionamento da Basílica do Divino Pai Eterno. Contei 21 ônibus e 5 carretas estacionados no local. Ônibus transportam pessoas, já carretas feito aquelas avistadas por mim, acho, servem mesmo é para levar e trazer mercadorias por esse mundão de meu Deus. Mas o fato é que me deparei também com diversos outros ônibus estacionados em lugares diferentes, sempre, é claro, nas proximidades de algum hotel ou pousada. Ou seja, felizmente o pessoal de fora tem vindo à cidade, fazendo girar a roda da economia local. Bom demais da conta.

É certo, porém, que falta uma estrutura na cidade para receber melhor as pessoas, como direi, segurando esse pessoal mais tempo nos limites territoriais de Trindade. Se houvesse um shopping, mais opções de butecos, bares, chopinhos, bistrôs, restaurantes, pizzarias, principalmente na região central da cidade, imagino que a capacidade de atração de turistas pela “velha Trindade da fé e do amor” certamente estaria potencializada e seria possível ocorrer um incremento na atividade econômica local, no setor de serviços sobretudo. Isso demanda investimentos, evidentemente. Logo, não depende unicamente da vontade de um e outro empreendedor.

Mas não vejo as a situação atual de forma negativa, em absoluto. Enxergo que a cidade está melhorando por consequência do trabalho do pessoal na iniciativa privada mesmo. Talvez até exista, mas não consigo perceber uma ação pensada, organizada, planejada, do poder público municipal como um agente capaz de criar condições para a dinamização da atividade econômica. Agora, ouço sim vários políticos falando isso e aquilo que poderia ou deveria ser feito para fazer a cidade se desenvolver mais. Mas são só conversas e nada mais.

Já falei sobre isso em outros textos aqui neste blog e volto novamente à questão. Aquele prédio onde hoje funciona a Prefeitura de Trindade bem que poderia ser uma espécie de centro de cultura e lazer da cidade. O que implicaria, lógico, na transferência da sede do poder Executivo trindadense para outro lugar. Em volta da praça Constantino Xavier existem lotos vagos ainda e casas muito deterioradas. Eis, portanto, um lugar para se investir, arrisco palpitar, em estabelecimentos como restaurantes, pizzarias, lanchonetes. Como a praça está muito bonita e no centro da cidade, aquilo poderia se tornar um “point” muito bacana mesmo.

Se o pessoal que detém o poder e o dinheiro aqui em Trindade pensasse dessa forma, poderia planejar melhor o funcionamento da cidade. Mas, sinceramente as coisas geralmente acontecem é na base no voluntarismo de uns e meio ao acaso. Lógico, nem sempre tudo dá errado, alguma coisa se torna próspera e assim a vida vai seguindo seu curso. A diferença agora é que o fluxo de visitantes tem aumentado muito e isso poderia ser melhor aproveitado pela economia trindadense. E mais não digo e nem me está sendo perguntado.


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