Dia do Anestesista: Especialista esclarece Mitos e Verdades sobre a segurança no bloco cirúrgico
Anestesia moderna vai além da dor e exige jejum obrigatório; avanços tornaram o risco de não acordar extremamente raro
Falando de anestesia no Dia do Anestesista: 16/10. (Foto: Reprodução)
Da Assessoria de Imprensa da Afya
O dia 16 de outubro marca o Dia do Anestesista, em celebração ao avanço histórico na medicina que ocorreu em 16 de outubro de 1846, quando o americano Thomas Green Morton realizou a primeira anestesia geral com éter. O método, que chegou ao Brasil no ano seguinte, transformou a prática cirúrgica, garantindo segurança e conforto aos pacientes. Atualmente, o Brasil possui cerca de 25 mil anestesiologistas.
O anestesiologista é um profissional essencial que acompanha o paciente desde a avaliação prévia até a recuperação pós-cirúrgica, monitorando todos os sinais vitais para assegurar estabilidade e bem-estar.
O Dr. Moisés Neves, professor de anestesiologia da Afya Ribeirão Preto, esclarece alguns mitos e verdades comuns sobre o procedimento:
Mitos e Verdades Desvendados
Mito: "A anestesia é só uma injeção para tirar a dor". A anestesia é um ato médico complexo que vai além da simples eliminação da dor. Envolve um conjunto de técnicas que controlam a consciência, o tônus muscular, a dor e as funções vitais, como frequência cardíaca, oxigenação, respiração e pressão arterial. O anestesiologista monitora esses parâmetros e ajusta as doses continuamente durante todo o procedimento. Além disso, o profissional permanece ao lado do paciente, controlando a respiração, circulação e temperatura, desde a sedação até o despertar.
Verdade (mas rara): "Posso não acordar depois da anestesia?" Os riscos de não despertar são extremamente baixos devido aos avanços da medicina. As anestesias modernas são seguras e precisas. Em alguns casos, o que pode ocorrer é uma sonolência mais prolongada, especialmente em pacientes idosos ou com doenças graves.
Depende: "A anestesia pode me deixar acordado durante a cirurgia?" Em anestesias gerais modernas, os equipamentos monitoram o nível de consciência, praticamente eliminando o risco de o paciente estar acordado. Em anestesias regionais (como peridural ou raqui), o paciente pode estar acordado, mas sem sentir dor, sendo essa uma condição intencional, e não uma falha.
Verdade: "Crianças e idosos correm mais risco com anestesia?" Geralmente, sim. Esses grupos exigem um monitoramento mais intenso e ajustes nas doses, pois apresentam sensibilidade e metabolismo diferentes a determinadas variações fisiológicas. Por isso, a avaliação pré-anestésica é crucial, permitindo que o médico conheça doenças pré-existentes, alergias e medicamentos em uso, garantindo que o procedimento seja seguro em qualquer idade.
Verdade: "Não posso comer antes da anestesia?" O jejum antes da anestesia é essencial e obrigatório para evitar complicações graves. A complicação mais séria é a aspiração de conteúdo gástrico (o alimento pode ir para os pulmões). O tempo de jejum varia de 2 a 8 horas, dependendo do tipo de alimento, da idade do paciente e do procedimento.
Depende: "A anestesia demora para sair do corpo?" O tempo de eliminação varia conforme o tipo de anestesia e o metabolismo individual. Na anestesia geral, a recuperação da consciência costuma ser rápida, e o paciente acorda logo após o término. Já em anestesias locais ou regionais, o efeito pode durar algumas horas, o que é desejável para garantir o conforto do paciente no pós-operatório.
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