Um novo consultor financeiro: a força da IA a nosso favor
Tecnologia que amplia a capacidade de pensar e oferece soluções personalizadas, exigindo consciência e segurança do usuário
![]() |
Manoel Souza: A força da IA em favor da pessoa. (Foto: Reprodução) |
ARTIGO | Manoel Souza é administrador, funcionário aposentado do Banco do Brasil, diretor da AFABB-DF e conselheiro da FAABB
A Inteligência Artificial (IA) é um ramo da tecnologia que busca criar sistemas capazes de simular a inteligência humana, aprendendo com dados, identificando padrões e tomando decisões automatizadas. Sua aplicação vai muito além da automação: envolve aprendizado de máquina, análise preditiva e soluções personalizadas para situações do dia a dia.
O conceito de IA surgiu na década de 1950, quando cientistas começaram a explorar a possibilidade de máquinas pensarem de forma semelhante aos seres humanos. Ao longo das décadas seguintes, os avanços foram graduais, mas, nos últimos anos, o aumento da capacidade de processamento e o acesso a grandes volumes de dados aceleraram a expansão dessa tecnologia. Atualmente a IA está presente em diversas áreas, tanto no Brasil quanto no mundo.
No campo financeiro, a IA é usada por bancos, corretoras e fintechs para prever riscos, identificar fraudes, oferecer crédito para os diversos públicos e personalizar investimentos. No Brasil, já é comum que aplicativos de bancos utilizem algoritmos de IA para organizar gastos, sugerir aplicações automáticas e até indicar produtos financeiros de acordo com o perfil de cada cliente. Também já existem ferramentas de IA que conseguem elaborar planos financeiros completos e monitorar investimentos em tempo real, trazendo maior eficiência e precisão.
A inteligência artificial pode nos ajudar a tomar decisões mais conscientes, identificar oportunidades e evitar gastos desnecessários. Mas a IA não veio para pensar por nós, e sim para ampliar nossa capacidade de pensar.
Quando estiver convencido da importância do uso de alguma ferramenta de IA no âmbito das finanças pessoais, é importante entender o que realmente precisa.
Os bons aplicativos com IA podem ajudar em várias frentes, como classificar automaticamente as despesas rotineiras – supermercado, saúde, lazer, transporte, educação etc., identificando padrões de consumo; criar previsões de fluxo de caixa pessoal, mostrando tendência para fechamento no final do mês – se será no vermelho ou no azul; montar carteiras de investimentos personalizadas, levando-se em conta o perfil do usuário; enviar notificações quando se gasta mais do que a média ou quando há oportunidade para renegociar dívidas; e até mesmo sugerir produtos financeiros, visando trocar uma dívida cara por outra mais barata.
Existem no mercado muitas plataformas que oferecem bons serviços com recursos de IA que ajudam no gerenciamento das finanças pessoais. No entanto, um dos caminhos mais curtos para utilizar o serviço é pesquisar no aplicativo do seu banco. É provável que ali mesmo já esteja disponível a tecnologia para atender às suas necessidades.
Apesar de todos os benefícios da IA, é muito importante priorizar a segurança. Certifique-se de que as ferramentas a serem utilizadas são confiáveis e verifique se seguem normas de proteção de dados e se oferecem transparência sobre o uso das suas informações. Evite compartilhar registros financeiros sensíveis em plataformas que não garantem proteção robusta.
Também é fundamental evitar erros comuns no uso dessa tecnologia. Nunca delegue responsabilidade pela sua vida financeira. A IA não vai gerenciar o dinheiro em nosso lugar. Essa ferramenta é uma assistente e não nossa substituta. A decisão final de como gastar ou onde investir continua sendo de cada um de nós – é intransferível.
Para terminar, um lembrete: a inteligência artificial pode nos ajudar a tomar decisões mais conscientes, identificar oportunidades e evitar gastos desnecessários. Mas a IA não veio para pensar por nós, e sim para ampliar nossa capacidade de pensar.
Comentários
Postar um comentário
Obrigado por comentar... Vamos analisar para publicar nos comentários.