Facilitar o acesso dos leitores às obras é uma forma de celebrar o Dia Mundial do Livro

Wilson Alves de Paiva, integrante da Academia Trindade de Letras, Ciências e Artes, revela que a biblioteca da entidade é formada também por obras dos próprios acadêmicos

Livros de autores trindadenses.


Em entrevista ao jornalista Antonio Erasmo, para o programa Conexão UniGoyazes, o professor Dr. Wilson Alves de Paiva, falou sobre a Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes (ATLECA), diante do Dia Mundial do Livro, celebrado neste sábado (23 de abril). O entrevistado faz parte da Academia tendo sido inclusive seu presidente, e pontou bem a questão da importância do livro desde sempre, partir mesmo do seu “surgimento”, digamos assim. “Todos nós sabemos que a importância do livro é imensurável, desde quando surgiu nos idos do século XV com a invenção de Gutemberg, mas, antes mesmo, quando os povos sumérios colocaram naquelas argilas de barro o seu alfabeto, as suas inscrições, estavam registrando o seu pensamento. E o livro é isso que nos traz, o registro histórico do pensamento dos povos, da produção literária e é isso que a Academia faz”, argumentou.

Wilson de Paiva também comentou sobre as diversas atividades realizadas pela entidade cultural trindadense desde a sua fundação no início dos anos de 1990, dentre elas, claro, a valorização do livro. “Quando ela foi fundada em 20 de agosto de 1990, por um grupo de intelectuais, de professores, idealizada e liderada pelo professor Bento Fleury, de lá para cá os anos se passaram, as décadas também e a Academia de Letras, Ciências e Artes tem procurado, além de tantas outras atividades culturais, como exposição, shows, encontros, apresentações teatrais, cafés filosóficos e diversas outras manifestações culturais, tem também dado valor ao livro, na pessoa da biblioteca”, afirmou.

E a respeito da biblioteca criada e mantida pela Academia, Wilson de Paiva salientou, em tempo, que ali se encontram disponíveis obras produzidas em boa parte pelos integrantes da entidade e que vale a pena conhecer todo este trabalho. “Nossa biblioteca tem milhares de livros e aberta ao público. Todas as pessoas que querem acessar a biblioteca podem ir à sede, que está ali de frente a Basílica do Divino Pai Eterno e tem todo acesso possível aos livros que nós temos no nosso acervo. São livros de pesquisa, livros científicos e também livros literários da produção dos próprios membros da Academia, o próprio Bento Fleury, a professora Lena Castelo Branco, a vice-presidente atual que é a professora Bete Caldeira e tantos outros”, valoriza.

Wilson de Paiva destacou, além do acervo que conta com obras em vários estilos, a iniciativa da entidade facilitando o acesso dos leitores aos livros da biblioteca da Academia, mediante a criação do Projeto Leitura. “Tem uma produção muito grande, em termos de poesia, contos, crônicas e estes livros estão lá à disposição de quem quer lê-los. Mais do que isso nós criamos no ano passado o projeto Leitura, uma casinha colocada à porta da nossa Academia para a troca de livros”, revela.

O entrevistado concluiu explicando a simples operacionalização do Projeto Leitura, salientando que esta também pode ser uma forma interessante de se celebrar esta efeméride. “Então quem quiser ler pode passar por lá, pegar na casinha a livro emprestado e depois da leitura devolver, doar livros e isso é justamente para incentivar e nós pensamos que com isso estamos ajudando a comemorar o Dia Internacional do Livro”, concluiu.

Wilson Alves de Paiva

É escritor e artista plástico, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), membro de várias agremiações acadêmicas no Brasil e no exterior, além de pertencer à Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes (ATLECA). É autor do livro de contos “Barafunda”, lançado em maio de 2019.

Na foto acima, os livros: "Messias, uma lição de vida", de Alice Bites Leão Leite; "Continue caminhando...", de Jerônimo Bitencourt; "O Banquete de Cinzas", de Rildo Bento de Souza, além de "Barafunda", de Wilson Alves de Paiva.


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