Quanta violência, Divino Pai Eterno!


O Dia Internacional da Mulher começou e a gente já ficou estarrecido de cara pela notícia do assassinato de 4 adolescentes, meninas, em Goiânia. Os corpos das garotas assassinadas com tiros na cabeça foram expostos na rua, em pleno asfalto. Fala sério, é de arrepiar! Ou melhor, seria, pois o noticiário anda tão repleto de fatos horripilantes que já adquirimos anticorpos em relação a semelhantes acontecimentos. A propósito, olhe só este link aqui ó! ~> http://migre.me/icOP5 

É lamentável que a sociedade como um todo, principalmente as pessoas que decidiram viver a vida longe do crime, valorizando e respeitando o direito dos outros em permanecer vivos, continuem impávidas diante da explosão de violência contra a vida humana a qual assistimos diariamente. Na minha modesta opinião, o sujeito atentou contra a vida de outrem já merecia uma pena daquelas rigorosas. Ora, o que adianta resguardar patrimônio, por exemplo, e negligenciar os cuidados com a vida, que é tudo o que interessa?

Nos últimos tempos a gente ouve falar demais em combate a um monte de coisas como corrupção, direitos sociais e por aí vai, mas por qualquer “me cá esta palha” os caras matam e não raras vezes com requinte de crueldade e a coisa fica por isso mesmo. O Estado brasileiro tem sido de uma ineficiência formidável para coibir os assassinatos. Não fosse isso não haveria o registro de mais 50 mil assassinatos todo ano, conforme as estatísticas oficiais do assunto. 50 mil assassinatos é número digno de guerra civil, vale dizer.

O pior de tudo é percebermos que as pessoas estão acostumadas demais a esse tipo de acontecimento, que muito pouca gente dá importância a notícias feito a desse assassinato quádruplo de meninas em Goiânia, outrora conhecida como “cidade das flores”. Credo em cruz! É chocante demais da conta um trem desses! Era para os segmentos organizados da sociedade se dirigirem às autoridades, presidente da República, ministros, governador estadual, secretários, deputados federais e estaduais, senadores, desembargadores de Justiça, juízes, promotores, delegados de polícia, comandantes da Polícia Militar, prefeitos, vereadores, dentre outras, cobrando ação mais forte, enérgica até, com vistas a coibir mesmo a ação dos autores de crimes contra a vida: assassinatos.

Porém, não se percebe semelhante preocupação. Os caras mais organizados da sociedade brasileira estão ligadíssimos em questão importantes, claro, mas a vida é mais relevante, acho eu. Mobiliza-se mais pelo combate à corrupção, pelo que dizem ser homofobia, pela liberação do uso de drogas, por passagens mais baratas nos ônibus coletivos, por melhores salários, por quotas raciais de acesso às Universidades federais, por terras da reforma agrária, dentre outras causas. A defesa da vida mesmo, assim de forma direta, sem outros rodeios, sinceramente, não consigo enxergar em lugar algum nesta “pátria amada, idolatrada, salve, salve”.

Vou tentar ser bem claro quanto ao que eu penso sobre este assunto. Não se pode matar. Ah, mas o cara pegou dinheiro emprestado e me deu o cano. Vixe, o sujeito comprou minha casa, minha fazenda, meu lote, meu carro, minhas mercadorias, seja lá o que for, não me pagou. Estou com problemas conjugais. O cara comprou drogas está devendo e não consegue pagar ao traficante. Os exemplos são inúmeros. Ó, o cara me deu um tapa na minha cara. O elemento não me deu bom dia. Em tempo, quando a pessoa reage para resguardar a própria vida, aí estamos diante de outra situação. Falo aqui da iniciativa que o cabra tem de matar, convém ressaltar. Prosseguindo... O sujeito torce pro outro time. Nada, repito, nada justifica matar a pessoa.

Penso que a sociedade precisava pensar melhor a respeito disso, em lugar de ficar arranjando atenuantes para a aberração que é assassinar uma pessoa. A vida não é assim uma garrafa de refrigerantes do tipo retornável, todos sabemos. Morreu, acabou. Não tem volta. Enquanto a sociedade for tolerante com este tipo de crime, a mortandade vai continuar e até aumentar. A vida humana não para de ser desvalorizada, eis a dura realidade. Os familiares das 4 meninas assassinadas em Goiânia vão chorar, lamber as feridas, e ver a estatística da criminalidade permanecer em elevados patamares. Até quando? Só o Divino Pai Eterno nesta causa para consolar as famílias enlutadas.

Por fim, e em respeito à memória de cada uma das meninas assassinadas e das respectivas famílias, melhor evitar a expressão: "Feliz Dia Internacional das Mulheres!".

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